A manifestação de elementos das forças de segurança pertencentes ao Movimento Zero abandonou esta segunda-feira, cerca das 15h30, o parlamento, alegadamente em direção ao Ministério da Administração Interna, mas a meio do percurso voltou para trás.
Algumas centenas de agentes da PSP e militares da GNR manifestaram-se, esta segunda-feira, em nome do Movimento Zero. Um pouco antes das 15h30, e sem algo que o indiciasse, as largas centenas de manifestantes saíram em massa da zona fronteira ao Parlamento e seguiram para a Avenida D. Carlos, invertendo depois a marcha perto do rio e voltando a subir para a Assembleia da República, escreve o jornal Expresso.
Apesar de a concentração estar apenas marcada para o parlamento, onde foi reforçado o policiamento, a liderança do Movimento Zero anunciou ao princípio da tarde que ia deslocar o protesto para o Ministério da Administração Interna, na praça do Comércio (mesmo sem autorização).
O percurso foi iniciado pela avenida D. Carlos I, onde o trânsito não tinha sido previamente cortado, o que levou a fortes perturbações.
Já junto à avenida 24 de Julho, o protesto iniciou o caminho de retorno para a Assembleia da República, onde permanecia cerca das 16h00 e onde foi montado um cordão de segurança por elementos da PSP.
No regresso ao parlamento, o protesto ainda tentou subir a calçada da Estrela, mas foi barrado por elementos do Corpo de Intervenção.
Os manifestantes que tinham vestido polos de serviço já os retiraram, voltando a usar as camisolas pretas ou brancas do Movimento Zero.
A escadaria do parlamento e zonas laterais da Assembleia da República foram protegidas com gradeamentos de metal e blocos.
Com o lema “hora de agir – unidos somos a tempestade que os atormenta!”, a concentração é organizada pelo movimento inorgânico Zero, que surgiu nas redes sociais, e que congrega elementos da PSP e da GNR.
Entre os principais problemas que os elementos das forças de segurança está a atribuição do subsídio de risco que o Governo prometeu até ao final do mês de junho e a atualização dos índices remuneratórios das tabelas salariais.
Nesta concentração estão ainda presentes alguns dirigentes dos sindicatos menos representativos da PSP.
O Movimento Zero assinala esta manifestação em frente à Assembleia da República como tendo passado 32 anos de uma outra que opôs polícias contra polícias no Terreiro do Paço e que ficou conhecida como “secos e molhados”, explica o semanário.
ZAP // Lusa