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À boleia dos professores, polícias e militares reforçam reivindicações

António Pedro Santos / Lusa

Caso haja reabertura do processo negocial entre Governo e professores, polícias, militares, juízes e procuradores querem ter tratamento idêntico. Alguns sindicatos estão já a posicionar-se nesse sentido.

O Governo viu-se obrigado a voltar às negociações com os professores. Polícias, militares, juízes e procuradores esperam que a sua voz se faça ouvir de igual forma. Segundo o jornal Público, entre as reivindicações estão a contagem do tempo de serviço para a recolocação dos índices e o descongelamento de carreiras.

Do lados dos militares, já houve avanços. A Associação Nacional de Sargentos (ANS) já se reuniu com o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, que terá indicado que a questão está a ser avaliada para que a solução dos professores “possa servir de exemplo para outros setores da função pública”, adiantou o presidente da ANS.

Os sargentos saíram da reunião sem certezas, ainda assim viram nas palavras do ministro um sinal de progresso que esperam que se faça sentir.

Ainda assim, os sargentos lembram que existem algumas diferenças em relação à carreira dos professores, como o facto de ter havido direito a promoções no caso dos militares. Pedem agora que o tempo de serviço conte para a recolocação nos índices a que teriam direito a 1 de janeiro de 2018 se não tivesse havido congelamentos.

Já no caso dos polícias, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) vai entregar esta quarta-feira um ofício ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, a pedir para ser recebida para discutir o descongelamento de carreiras.

A associação quer dar início às negociações em janeiro do próximo ano.

Por sua vez, os magistrados falam num “sinal positivo”. Para os dirigentes do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, Francisca Van Dunem tinha indicado que a recuperação do tempo de serviço congelado teria por referência a solução que fosse encontrada para os professores.

Desta forma, o presidente do sindicato encara o regresso às negociações com os professores como um “sinal positivo“, embora reforce que “deve ser recuperado todo o tempo de serviço em que as carreiras estiveram congeladas”.

Para os juízes, a aprovação dos estatutos é a prioridade, deixando ainda a garantia de que não esquecem a recuperação do tempo de carreira congelado.

ZAP //

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