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Polícia japonesa investiga leilão online de substância radioativa

A polícia japonesa está a investigar o modo como uma substância que se pensa ser urânio acabou num leilão online. O vendedor e vários licitadores foram levados para interrogatório.

De acordo com a agência de notícias Kyodo, um primeiro teste ao produto sugeriu que se tratava de uma substância radioativa. O produto, embalado num tubo de vidro, era apresentado como “Uranium 99.9%” num leilão da Yahoo.

Depois de a agência japonesa de energia atómica contactar a empresa, o leilão foi interrompido e o caso encaminhado para a polícia. O vendedor afirma ter comprado a substância num site fora do Japão, noticia o jornal The Mainichi.

Os materiais foram confiscados pela divisão de proteção ambiental e consumidores do Departamento de Polícia Metropolitana de Tóquio (MPD) e repassados para identificação aos funcionários da Agência de Energia Atómica do Japão (JAEA). A JAEA julgou que os materiais são extremamente prováveis de serem urânio empobrecido e pó de concentrado de urânio amarelo.

Especialistas temem que tais materiais radioativos possam ser utilizados em “bombas sujas”, destinadas a dispersar materiais como uma forma de terrorismo. Mitsuru Fukuda, da Faculdade de Gestão de Risco da Universidade Nihon, disse que o uso destes explosivos poderia resultar na vedação da área de detonação para que os residentes possam evacuar e a área possa ser descontaminada.

“As preocupações das pessoas aumentariam e as atividades económicas poderiam parar. Mesmo uma pequena quantidade de material com baixa radioatividade poderia ter um grande impacto na sociedade“, disse.

A polícia identificou os vendedores e compradores dos materiais e lançará uma investigação completa sobre o caso, em breve, como uma possível violação da Lei sobre a Regulamentação de Material de Fonte Nuclear, Material de Combustível Nuclear e Reatores. A lei regula a transferência não autorizada de material de combustível nuclear no país.

Está em curso uma investigação em larga escala e, ao abrigo da lei japonesa, os infratores podem ser presos durante até um ano ou podem ter de pagar um milhão de ienes como multa – equivalente a oito mil euros.

ZAP //

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