A polícia holandesa localizou esta terça-feira 25 pessoas escondidas num contentor frigorífico numa embarcação que saiu do porto de Vlaardingen, perto de Roterdão, na Holanda, em direção ao Reino Unido, mas teve de regressar após detetada a emergência médica a bordo.
As 25 pessoas estavam numa zona de refrigeração do cargueiro dinamarquês “Britannia Seaways” e estão todas vivas, mas ainda não há detalhes sobre o seu estado de saúde, segundo elementos dos serviços de emergência que prestaram assistência.
Segundo a agência EFE, foi a tripulação da embarcação a encontrar o grupo, que estava escondido numa zona de refrigeração, e que decidiu chamar as autoridades holandesas perante uma “situação médica urgente”, que obrigou o cargueiro a voltar ao porto holandês.
As autoridades ainda não indicaram a nacionalidade das pessoas encontradas no cargueiro nem a forma como terão tido acesso à embarcação.
Horas antes, a polícia holandesa indicou ter intercetado um autocarro com 65 migrantes moldavos que entraram escondidos e de forma ilegal na Holanda e que se dirigiam a um centro de refugiados para pedir asilo.
A descoberta destes corpos no Reino Unido tem despertado a atenção às redes ilegais de transporte de migrantes desde a Ásia e África até vários países europeus. Recentemente, 39 pessoas foram encontradas mortas num camião que tinha partido da vila de Zeebrugge, na Bélgica.
Os corpos de 39 migrantes – 31 homens e oito mulheres – foram encontrados mortos num camião refrigerado numa área industrial em Grays, na região de Essex, cerca de 30 quilómetros a leste de Londres. Até agora, a polícia não deu qualquer indicação da causa exata das mortes.
O camião chegou de ao porto de Purfleet, no rio Tamisa, proveniente de Zeebrugge, na Bélgica. As vítimas não foram identificadas oficialmente, enquanto aguardam os resultados dos testes de ADN, mas as autoridades britânicas, depois de pensarem que eram cidadãos chineses, disseram na semana passada que seriam vietnamitas.
O condutor enfrenta agora acusações de assassinato, de conspiração para o tráfico de pessoas e de lavagem de dinheiro.
Frequentemente, os traficantes de seres humanos ficam com os passaportes dos migrantes para dificultar a sua identificação, fornecendo-lhes depois novos documentos quando chegam aos seus destinos.
ZAP // Lusa