A polícia espanhola usa um sistema de “radares em cascata” para apanhar aqueles condutores que travam mesmo antes de um radar de controle de velocidade, para evitar serem multados.
Actualmente, existem várias aplicações e sites que alertam para os locais onde existem estes radares, tais como o Google Maps e a Waze. Mas há também carros que têm sistemas eletrónicos que alertam para a sua presença.
Assim, há condutores que travam de forma brusca, na aproximação do radar, para evitarem ultrapassar os limites de velocidade, e logo, uma multa.
Ora, este é um acto de condução perigosa e até para lutar contra isso, a Direcção Geral de Trânsito (DGT) de Espanha utiliza vários métodos, incluindo o sistema de “radares em cascata”, como avança o site espanhol Autopista.
Este sistema passa pela “colocação de um radar móvel antes ou depois de um radar fixo”, nota a publicação, realçando que assim é possível medir “a velocidade exacta” com que habitualmente circulam os condutores.
A lei espanhola não pune directamente os condutores que travem antes de um radar. Mas o sistema de “radares em cascata” pode ser usado pelos polícias para passarem multas, até sob o argumento da condução perigosa no caso de uma travagem brusca.
Drones e carros escondidos na caça à multa
Além deste sistema, a polícia espanhola também usa drones e carros da polícia “camuflados”, para não serem detectados, apetrechados com radares móveis de controle de velocidade.
Nas redes sociais, têm sido divulgadas situações caricatas com carros escondidos em “campos de tangerinas” e até “simulando avarias para multar” sem que os condutores percebam que estão a passar por um radar, reporta o Autopista.
Também têm surgido carros escondidos atrás de painéis publicitários enquanto os polícias usam drones para controlar a velocidade.
Esconden el coche de la #DGT para volar un dron sobre la carretera
Alcalá del Río, Sevilla pic.twitter.com/ue9iwhbQLj
— SocialDrive (@SocialDrive_es) March 15, 2023
Actualmente, a DGT tem 39 drones em circulação pelas estradas espanholas, segundo o Autopista. Mas estes drones não têm grande autonomia de voo, com apenas cerca de 20 minutos no ar.
Além disso, precisam de estar próximos dos veículos dos polícias que os operam. E o seu uso pode não ser viável nos dias mais quentes do ano, pois só podem suportar temperaturas até 45 graus, como nota o Autopista.
Estes dispositivos incluem “câmaras de alta definição” e transmitem as imagens, em tempo real, para os ecrãs acoplados nos comandos de controle usados pelos polícias quando há infracções. Estas imagems podem, depois, ser usadas para passar multas.
São loucos estes espanhóis !!!