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PJ apanhou funcionários a aceder ilegalmente a dados das Finanças

(dr) Laura Haanpaa

A PJ tem em marcha uma investigação a funcionários da Inspecção Geral de Finanças (IGF) suspeitos de acederem, de forma ilegal, a informação confidencial da rede informática deste serviço que depende do Ministério das Finanças.

A investigação da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da Polícia Judiciária (PJ), em colaboração com a Inspecção Geral de Finanças (IGF), já levou à constituição de dois arguidos, avança a Lusa.

Em comunicado, a PJ atesta que a investigação, denominada “Operação Bug”, visa acabar com “a acção concertada de funcionários das Finanças que acediam de forma ilegítima” a informação privada e confidencial de terceiros.

Nesse sentido, foram realizadas duas buscas domiciliárias e efectuadas pesquisas informáticas aos postos de trabalho dos funcionários suspeitos, que acediam a elementos confidenciais na rede informática da IGF.

A polícia apreendeu também os sistemas informáticos utilizados, que serão agora submetidos a análise digital forense, prosseguindo a investigação para se saber a “extensão da actividade criminosa”.

Os dois suspeitos “conseguiam aceder à base de dados documental da IGF explorando uma fragilidade do sistema informático, revelou fonte ligada ao caso”, avança o Público. A falha terá sido detectada pela própria IGF que terá denunciado o caso às autoridades, segundo o diário.

A IGF é um órgão tutelado pelo Ministério das Finanças, mas que tem autonomia administrativa para efectuar auditorias financeiras, nomeadamente à Autoridade Tributária, e para avaliar serviços e organismos públicos, bem como programas estatais de atribuição de fundos europeus. E também controla a execução financeira dos contratos de Parcerias Público-Privadas (PPP).

ZAP //

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