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PJ faz 16 buscas domiciliárias por ataque informático ao Estado

A Polícia Judiciária e o Ministério Público estão a efetuar buscas relacionadas com o cibercrime em várias zonas do país, adiantou à agência Lusa uma fonte policial.

De acordo com uma fonte da PJ, as buscas tiveram início às 7h30 em várias zonas do país, incluindo Lisboa e zona norte, no âmbito de uma investigação relacionada com ataques aos sistemas informáticos do Estado.

Fonte ligada ao processo confirmou à RTP que há 16 pessoas, entre os 15 e os 30 anos, que foram constituídas arguidas no âmbito da Operação C4R3T05 II, a segunda fase da Operação Caretos.

Uma nota da Procuradoria Geral da República revela que estão em curso 16 buscas domiciliárias, “em vários locais do país, designadamente na Grande Lisboa”. As buscas ocorrem no âmbito da investigação a “diversos ataques informáticos – incluindo os mais recentes, ocorridos a 25 de Abril de 2016”.

A PGR avança que em causa estão crimes de acesso ilegítimo (hacking e exfiltração de dados), de dano informático (defacing), de sabotagem informática (“DDoS”) e ainda de associação criminosa, relata o Expresso.

Há três meses, um comunicado da PJ adiantava que há, ao todo, 14 hactivistas na região de Lisboa e na região do Porto que foram constituídos arguidos. Uma outra nota, divulgada na mesma altura pela PGR, esclarece que os crimes tiveram como alvos servidores de sites do próprio Ministério Público, da Polícia Judiciária, do Conselho Superior da Magistratura, da EDP e da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista.

Em fevereiro de 2015, na Operação Caretos, a PJ deteve oito pessoas, entre os 17 e os 40 anos, por pirataria informática, incluindo Rui Cruz, fundador do site TugaLeaks.

Os detidos eram suspeitos da prática dos crimes de sabotagem informática, dano informático, acesso ilegítimo e acesso indevido a diversos sistemas informáticos do Estado e também de empresas do setor privado.

As detenções ocorreram após a Diretoria de Lisboa da PJ, em articulação com o Gabinete do Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR), desenvolver em vários pontos do território nacional uma vasta operação de combate à criminalidade informática e tecnológica, designadamente à atividade ilícita conhecida como “hacktivismo”.

Os detidos residiam nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto e pertenciam ao Anonymous Portugal e a outros grupos associados.

Segundo a PJ, a investigação iniciou-se em abril de 2014.

ZAP / Lusa

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