O antigo ministro da Economia defende que há margem para uma subida do salário mínimo nacional e considera que “o Governo do PS é pouco ambicioso do ponto de vista económico”.
Em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1, António Pires de Lima, antigo ministro da Economia de Pedro Passos Coelho, defendeu que há margem para uma subida do salário mínimo nacional. “Não faz sentido que as empresas vivam permanentemente na justificação de que só são competitivas pagando salários muito baixos. Como é que se consegue viver com 600 euros?”, questionou.
O ex-governante notou ainda que “é mandatório que as empresas tenham boas equipas de gestão, que essas equipas se foquem com os seus trabalhadores em propostas de valor que criem riqueza e que desse esforço de criação de riqueza resultem práticas salariais mais dignas para as pessoas”.
Por esse motivo, Pires de Lima considerou que é importante que o salário mínimo continue a crescer. “A mim não me chocaria e até seria de elementar justiça que até ao fim desta legislatura o SMN pudesse crescer de 600 para 700 euros. Acho que é importante”, afirmou, acrescentando que “isto não é ter uma política de esquerda”.
“Ter empresas que sejam rentáveis e que paguem bem aos seus trabalhadores é um dever moral e de competência de qualquer empresário, seja ele de esquerda ou de direita.”
Em relação ao panorama político nacional, António Pires de Lima referiu que o CDS deve voltar a convergir com o PSD, mas não pode afastar eventuais entendimentos com o PS. “É do interesse nacional, é do interesse das pessoas, que PS e CDS e CDS e PS saibam pelo menos conversar.”
Para o antigo governante, “a crispação é inimiga da construção“. “O CDS tem de se afirmar como uma oposição e alternativa ao PS, mas isso não deve impedir saber conversar e ter uma relação normal e fluida e não crispada com o PS”, argumentou.
O único partido com que o CDS deve recusar entendimentos é o Chega, sublinhou Pires de Lima durante a entrevista. “O Chega é uma força da extrema-direita que tem valores, do ponto de vista social e do humanismo que não têm nada a ver com o CDS. Mas nas outras forças políticas não socialistas acho que é importante ir formatando uma alternativa que se diferencie do PS”, concluiu.
“Ter empresas que sejam rentáveis e que paguem bem aos seus trabalhadores é um dever moral e de competência de qualquer empresário, seja ele de esquerda ou de direita.”
Seguindo a linha de raciocinio anterior, então o salario digno é o SMN, baixem antes a carga fiscal sobre os trabalhadores no recibo de vencimento que isso sim ajuda os trabalhadores sem sobrecarregar as empresas.
Quase 25% dos trabalhadores recebem o salário mínimo.
Quase 85% dos portugueses recebem abaixo de 1150 euros brutos / mês.
Aproximadamente 70% dos agregados familiares recebem menos de 1400 euros brutos / mês, o que implica (em média e admitindo como regraum agregado composto por dois salários) 700 euros brutos / mês.
Infelizmente há quem pense que o país é rico. Não, não é.
OK então a subir o SMN para 700eur passamos de 25% da população a ganhar o SMN para numa perspetiva conservadora 50% isso é para aplaudir? Sobem o SMN mas os escalões não mexem. Salários acima de 2000eur são taxados a 50% onde o escalão máximo é 55% 2000eur mês já é rico…. Depois queixam-se que os patrões não dão salários altos pudera sai mais barato ter 3 incompetentes corridos a SMN que ter 1 or 2 competentes a ganhar mais de 2000eur. O problema é que por vezes os competentes se tiverem medo de arriscar e procurar melhor ficam com o SMN.
Hermes; Quem ganha o SMN (€600,00/mês) só paga para a Segurança Social mas não paga imposto, ou seja, IRS, logo…O Rendimento Líquido só pode subir de duas maneiras: Ou reduzindo/anulando a Contribuição para a Segurança Social ou aumentando a Base, ou seja, o SMN, e se quisermos uma terceira hipótese que sewria uma mistura das duas primeiras, Aumento da Base/SMN e descida, em percentagem, da Contribuição para a Segurança Social (para mim a melhor, já que poderia representar um menor aumento da Base/SMN, logo menos penalizadora para as empresas, melhor para o Estado que ainda que com menor percentagem, poderia receber mais (era encontrar o equilíbrio entre os aumentos de um a as diminuições de outra) e para os trabalhadores que receberiam mais rendimento líquido e mais reservas matemáticas para a reforma…Parece “um ovo de colombo” mas é muito fácil pois, nem sequer, é preciso saber matemática mas apenas álgebra da primária: 10% de 700 são €70, enquanto que 11% de 600 são €66,00…
Claroquesim, o SMN é um salário base para início de carreira, não podemos ver esse salário como a norma que toda gente tenha de ganhar, uma pessoa depois de estar a trabalhar e ganhar valências, só tem depois de negociar melhores condições ou arranjar uma nova oportunidade a ganhar mais com a experiência acumulada. Com estes aumentos de SMN só temos 2 opções que é despedimentos ou uma maior percentagem da população a ganhar o SMN e isso eu não concordo porque na prática o estado obriga os funcionários que estão a ganhar agora 700EUR a perder poder de compra e compensa um pouco as empresas porque quem ganha agora 700EUR a empresa deixa de pagar o IRS. Analise quanto o patronato paga na realidade por cada funcionário, principalmente pelos escalões um empregado de 1000EUR sai ao patrão quase 2000EUR…
Começou a “dança das cadeiras” no CDS. Eles dizem que não são candidatos mas, subitamenhte, depois de terem estado metidos na toca nos ultimos anos, começam, de fininho, a aparecer aqui e ali.
Vinda esta”proposta” do CDS, então significa que, afinal, o “Diabo” não veio mesmo e que, afinal, as contas, as empresas e o país não está tão mal como vinham apregoando, nestes 4 anos.
Justiça seja feita, o que Pires de Lima disse, é mais credivel do que qualquer outro politiqueiro de carreira, que nunca geriu nada na vida, pois este já foi gestor de empresas privadas.
Mas este chutou para canto, ou seja, para o seu colega e deputado, atribuindo-lhe para o cargo, qualidades excecionais, o que dito dessa forma, parece que Pires de Lima não as tem. Por outro lado, está-se perante um novo partido, CDSEL, ou seja, CDS em liquidação. Ninguém quer afundar com o partido. É compreensível 🙂
“pois este já foi gestor de empresas privadas.”
Claro que já, e dos “bons”… que os digam os funcionários da Unicer de Santarém!…
Em 2011, quando o Pires de Lima era o CEO da Unicer, a unidade de Santarém recebeu 7 milhões de fundos/subsídios e em 2015, quando ele era Ministro da Economia, fechou as portas!!!
“UNICER SANTARÉM: EMPRESA MÃE DE PIRES DE LIMA RECEBEU 7 MILHÕES E AGORA DESPEDE TODOS OS FUNCIONÁRIOS”
precarios.net/unicer-santarem-empresa-mae-de-pires-de-lima-recebeu-7-milhoes-e-agora-despede-todos-os-funcionarios/
“…Em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1, António Pires de Lima, antigo ministro da Economia de Pedro Passos Coelho, defendeu que há margem para uma subida do salário mínimo nacional. “Não faz sentido que as empresas vivam permanentemente na justificação de que só são competitivas pagando salários muito baixos. Como é que se consegue viver com 600 euros?”, questionou….”
E esta? hein?