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Pirata informático diz que ajudou Enrique Peña Nieto a ganhar eleições no México

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Enrique Peña Nieto, presidente do México

Enrique Peña Nieto, presidente do México

O pirata informático Andrés Sepúlveda alega ter ajudado o Presidente do México, Enrique Peña Nieto, a ganhar as eleições de 2012, e interveio em eleições de outros oito países, como Colômbia, Panamá e Venezuela.

“O meu trabalho era fazer ações de guerra suja e operações psicológicas, propaganda negra, rumores, enfim, toda a parte obscura da política que ninguém sabe que existe, mas que todos veem”, afirmou o hacker colombiano, numa extensa entrevista à revista norte-americana Bloomberg Businessweek.

Andrés Sepúlveda, de 31 anos, explica que ajudou a manipular as eleições de nove países da América Latina – Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador, Colômbia, México, Costa Rica, Guatemala e Venezuela -, mediante o furto de dados, a instalação de malware (programas maliciosos) e através de burlas nas redes sociais.

Ideologicamente próximo da direita, o pirata informático afirmou ter passado oito anos a viajar no continente americano, contratado por vários candidatos e partidos políticos de nove países diferentes da América Latina para manipular a manipular as principais campanhas políticas.

Sepúlveda cumpre atualmente uma pena de dez anos de prisão na Colômbia por usar software malicioso, conspirar para praticar delitos, violação de dados e espionagem ligados às eleições do país em 2014.

Na entrevista, o hacker garante que o trabalho realizado para ajudar Peña Nieto a vencer as eleições foi, de longe, “o mais complexo” que fez.  e custou 600 mil dólares.

Sepúlveda, que disse ter sido contratado por partidários de Enrique Peña Nieto para garantir que teria vantagem nas primeiras sondagens da campanha presidencial, descreve que liderou uma equipa formada por seis hackers que furtaram estratégias de campanha, manipularam redes sociais para criar falso entusiasmo e instalaram spyware (programa informático de espionagem) nas sedes de campanha da oposição.

O Governo do México já negou a realização de ações de espionagem e manipulação de opinião pública nas redes sociais durante a campanha presidencial de 2012.

“Rejeitamos qualquer relação da equipa da campanha presidencial de 2012 com Andrés Sepúlveda”, defendeu o Governo mexicano num comunicado em que também se manifestou contra “o uso da informação e metodologia apresentadas pelo referido artigo”.

ZAP

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