Pinto da Costa confirma fim da carreira de Casillas. E diz que episódio com Marega é um caso de polícia

Estela Silva / Lusa

O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa

O presidente do FC Porto confirmou, esta terça-feira, o fim da carreira do guarda-redes espanhol, que anunciou a intenção de se candidatar à presidência da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).

O dirigente portista falou aos jornalistas à entrada para o Tribunal de Justiça do Porto, onde está a ser ouvido por videoconferência como testemunha no julgamento da invasão à academia do Sporting, em Alcochete.

“O Iker Casillas, antes de anunciar a candidatura, veio ao Porto almoçar comigo e comunicar a sua decisão de terminar a carreira”, disse Pinto da Costa, revelando que ficou “muito contente e comovido” com a atitude do guarda-redes.

“Foi impressionante durante toda a sua carreira, esteve apenas em dois clubes — o FC Porto e o Real Madrid —, e como homem está em atividade plena. Fará falta como pessoa, pois ainda antes do jogo em Guimarães, enviou-nos uma mensagem em vídeo, que ele mesmo filmou e que foi partilhada no nosso balneário, antes do jogo”, revelou.

Casillas anunciou, esta segunda-feira, que será candidato às próximas eleições na Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), não revelando, no entanto, o seu futuro imediato enquanto jogador.

O guarda-redes espanhol tinha anunciado, em setembro do ano passado, que revelaria o seu futuro em março, depois de quase um ano parado, devido ao enfarte sofrido num treino dos dragões, em maio, que o obrigou a uma intervenção cirúrgica.

Questionado sobre o caso de racismo que envolveu Moussa Marega, no jogo frente ao Vitória de Guimarães, o dirigente dos azuis-e-brancos pronunciou-se pela primeira vez, tendo afirmado que “é, sobretudo, um caso de polícia”.

“É como se alguém tivesse roubado as carteiras às pessoas num estádio — a responsabilidade não é dos clubes, é da polícia. Se roubarem a carteira a qualquer um de vocês aqui no tribunal, o problema é para a polícia resolver, não o tribunal”, explicou, citado pelo jornal online Observador.

“As crianças têm como ídolos jogadores de muitas raças, o futebol serviu para que não exista racismo. Aquilo foi uma atitude infeliz, que nem sequer posso dizer que as pessoas sejam racistas, foi uma maneira de atingir o Marega porque o V. Guimarães também tem jogadores de outras raças e que nunca foram atingidos. Têm de ser castigados, mas mais do que racismo foi um problema de estupidez”, disse ainda.

Esta segunda-feira, o FC Porto anunciou que vai a votos no dia 18 de abril para escolher os corpos sociais para o quadriénio 2020/2024. Os candidatos têm até 19 de março para formalizarem as candidaturas.

ZAP // Lusa

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