Primeiro saldo positivo no semestre inicial em praticamente 50 anos. Défice previsto, e repetido, pelo Governo situa-se nos 1,9%.
O Produto Interno Bruto (PIB) português registou, no primeiro semestre de 2022, um excedente de 0,8%, quase 900 milhões de euros.
É a primeira vez que o semestre inicial em Portugal termina com excedente em quase 50 anos, desde 1973.
Para este valor contribuiu muito o excedente de 1,9% do PIB no segundo trimestre deste ano, entre Abril e Junho – grande subida na receita fiscal, devido à inflação, que origina maiores cobranças de impostos indirectos, como o IVA.
Assim, com estes valores, é provável que o Governo corte mais o défice em 2022 do que estava previsto, sublinha o jornal Público.
Fernando Medina, ministro das Finanças, tem repetido que o défice vai ser de 1,9%, apesar das consequências da guerra na Ucrânia. O défice total deverá ser próximos dos 4.412 milhões de euros.
No entanto, com esta margem maior do que seria suposto, o défice poderá ser menor. O Conselho das Finanças Públicas previu nesta semana que o défice orçamental vai rondar os 1,3% em 2022, menos 0,6% do que os números partilhados pelo Governo socialista.
Para o PIB terminar o ano em terreno negativo, seria preciso que o segundo semestre terminasse com um saldo negativo de mais de 5 mil milhões de euros.
Há cenários que podem ajudar para essa descida: o impacto orçamental dos pacotes de apoio às famílias e às empresas, abrandamento da economia, subida da factura com juros que poderá ser suportada pelo Estado e aumento do preço de bens e serviços (inflação) adquiridos pelo Estado.
É engraçado… fala-se muito em taxar os lucros excessivos das empresas do setor da energia mas ninguém fala em reduzir as receitas excessivas do Estado Português
Desde que utilizem essas receitas excessivas para abater à dívida soberana, tudo bem.
Se utilizarem essas receitas excessivas para esbanjarem então estamos mal.
A lógica na execução orçamental tem de ser:
Amealhar quando a economia está bem para gastar/apoiar os agentes quando há uma crise.
Em Portugal, invariavelmente, faz-se ao contrário.
125 paus para a grande maioria dos tugas. É uma decisão sensata…
Mais valia não os terem cobrado inicialmente
Estes ladrões tèm sorte que se farta. A inflação agride o povo e o governo enche os cofres.