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Pessoas assintomáticas devem usar máscara, diz Centro Europeu de Controlo de Doenças

Manuel de Almeida / Lusa

Num relatório divulgado na quarta-feira, o Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) referiu que as máscaras podem reduzir a propagação do novo coronavírus de pessoas assintomáticas, recomendando a sua utilização.

De acordo com o Público, até este relatório, o ECDC só aconselhava o uso de máscaras a profissionais de saúde e doentes com sintomas. Agora, apesar de frisar que o uso deve ser prioritário para esses profissionais, defende que o mesmo deve acontecer na comunidade como medida complementar, sobretudo em espaços fechados – como supermercados -,  transportes públicos ou locais de trabalho em que as pessoas estejam mais próximas.

“O uso de máscaras faciais pelos profissionais de saúde deve ser uma prioridade sobre o uso da comunidade”, sublinhou a entidade, acrescentando que o uso “por pessoas assintomáticas pode ser considerado uma extensão da atual prática de uso de máscaras por indivíduos sintomáticos”.

Mas advertiu, contudo: “Ainda não se sabe quanto o uso de máscaras na comunidade pode contribuir para a diminuição na transmissão” e que esta é uma medida complementar e não uma substituição das medidas preventivas, como o distanciamento social, a etiqueta respiratória e a lavagem das mãos, entre outras.

O ECDC defende ainda que sejam realizadas campanhas educativas sobre uma utilização eficaz desse material de proteção. Máscaras não cirúrgicas feitas com diferentes tecidos podem ser consideradas, mas as não cirúrgicas têm uma “eficiência de filtragem muito baixa” e são menos eficazes. “Isto baseia-se em provas indiretas e limitadas que apoiam o uso de máscaras não cirúrgicas como uma forma de controlar a propagação”, frisou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a utilização das máscaras somente para doentes infetados, pessoas com sintomas, cuidadores ou profissionais de saúde. Em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) também. Mas a Ordem dos Médicos já pediu para que se revisse com urgência os critérios para uso universal de máscaras e o Conselho de Escolas Médicas Portuguesas apoia o uso generalizado.

ZAP //

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