Pentágono vai criar duas novas armas nucleares

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secdef / Flickr

O secretário da Defesa norte-americano, Jim Mattis

Esta estratégia apresentada na sexta-feira pelo Pentágono vai acabar definitivamente com a política de redução de armamento nuclear imposta por Barack Obama aquando da sua presidência.

Das linhas orientadoras da nova política nuclear do Pentágono faz parte a criação de duas novas armas nucleares. A proposta apresentada esta sexta-feira representa o fim da tendência de redução de armamento que prevaleceu durante a presidência de Obama

Jim Mattis, secretário da Defesa americana, descreveu a primeira atualização da política para as armas nucleares realizada desde 2010 como um reflexo da necessidade de “olhar de frente a realidade” e “ver o mundo como ele é e não como gostaríamos que fosse”, segundo o Washington Post.

Desde o primeiro minuto que Donald Trump considerou irrealista a política adotada pela anterior administração, referente ao que Barack Obama disse ser a “obrigação moral” dos EUA de encabeçar o processo mundial de desnuclearização.

“Durante a última década, enquanto os EUA encabeçaram estas reduções, cada um dos nosso potenciais adversários nucleares assumiram a estratégia oposta”, disse numa conferência de imprensa no Pentágono o secretário da Energia Dan Bouillete, defendo a medida adotada por Trump.

Posição semelhante foi assumida pelo general da Força Aérea Paul J. Selva, que afirmou à imprensa: “Ao longo dos últimos anos, a Rússia e a China têm vindo a construir novos tipos e géneros de armas nucleares, tanto sistemas de lançamento como ogivas. Nós não o temos feito, o que significa que os arsenais nucleares russos e chineses têm na realidade ficado melhor do que o nosso”.

Na nova proposta do Pentágono, inclui-se a criação de “armas nucleares de fraca energia” a serem colocadas em mísseis balísticos lançados a partir de submarinos.

Os críticos da proposta afirmam, entre outros argumentos, que a ideia de uma arma nuclear de “baixa potência” só faz aumentar a tentação de a utilizar.

ZAP //

13 Comments

  1. No fundo os eua estão a dar razao à CN e ao Irão. E se os eua estão com esta vontade, então porque é que se fartam de aplicar sanções aos outros paises?

    • “porque é que se fartam de aplicar sanções aos outros países?” Porque a hipocrisia é grande…
      Se não fomentarem a guerra como é que alimentam a industria bélica! – Qual é o maior exportador de armas no mundo, não é Os EUA?

      • «AS 10 MAIORES EMPRESAS DE ARMAS
        VENDAS GLOBAIS, EM MILHÕES DE DÓLARES, EM 2016:
        Lockheed Martin (EUA) ……….40.830;
        Boeing (EUA)…………………….29.510;
        Raytheon (EUA)………………….22.910;
        Bae Systems (Reino Unido)……22.790;
        Northrop Grumman (EUA)……..21.400;
        General Dynamics Corp. (EUA)..19.230;
        Airbus Group (Europa)…………. 12.520,
        Bae Systems Ins. (EUA)…………..9.300;
        L-3 Communications (EUA)……….8.890;
        Leonardo (Itáilia)……………………8.500».

        Retirado de ‘Visão’ nº. 1294, de 21 a 27/12/2017.

      • «QUEM GASTA MAIS EM DEFESA?
        A DESPESA BÉLICA DOS EUA, EM 2016, É SUPERIOR AO GASTO CONJUNTO DOS OITO PAÍSES QUE O SEGUEM (CHINA, RÚSSIA, ARÁBIA SAUDITA, FRANÇA, ÍNDIA, REINO UNIDO, JAPÃO E ALEMANHA).
        EUA ……….606.233 (EM MILHÕES DE DÓLARES) = 36,8% sobre o total Mundial;
        Do segundo ao nono (da China à Alemanha)…225.713 = 36,7 % s/ o total mundial. (A China gasta 225.713, a Rússia 70.345 e o último a Alemanha 40.985);
        O resto do Mundo …225.713 = 26,5% s/o total Mundial».
        Retirado da ‘Visão’ indicada.

      • Pelo que antecede, a gente do Trump está bem necessitada de mais umas armazitas. Para fazer a paz ao redor do Mundo? Ou para fazer umas guerrazitas, com completa destruição dos países e milhares de mortos civis, mas só onde lhes interessa, n’é? Sobretudo onde houver petróleo, gás natural ou outras riquezas apetecíveis. Se eles se matam a si próprios, dentro do país, por dá cá aquela palha, como hão-de respeitar (a vontade e a independência) dos outros?

      • «PAX TRUMPIANA
        290.984
        NÚMERO DE SOLDADOS DOS EUA ESPALHADOS PELO MUNDO
        Incluindo Mercenários e outros subcontratados civis ao serviço do Pentágono».
        Retirado da ‘Visão’ indicada.

    • Então e qual é a alternativa, já agora? Longe de mim ser apoiante do Trump, mas neste tema concordo com os EUA. Deixar a Rússia, China, e outros, continuar com o seu programa nuclear, e permitir que outros roubem aos EUA o lugar de maior potência militar do mundo, é algo que, se fosse Americano, jamais iria apoiar.
      É tipico da mentalidade Europeia enterrar a cabeça na areia, achar que vai tudo correr bem, continuar com a sua vidinha, e achar que os outros se vão sempre portar bem. Da última vez, ninguém levou o problema a sério, e lá tiveram que vir os Americanos salvar a Europa.
      É giro ver Europeus a criticar os Americanos pela sua estratégia militar, ao mesmo tempo que têm as costas quentes e sabem que, se houver m#$&a, lá vêm os EUA resolver o problema.

      • mas quem sao os americanos para pensarem que podem ter armamento nuclear e os outros nao, um povo ignorante que se lhe perguntarem onde fica Portugal ou outro pais qualquer nao sabem onde fica, acabem com o armamento nuclear e deixem de se provocar uns aos outros, o homem em vez de evoluir cada vez esta mais homem das cavernas

      • Quem são? São uma nação que salvou o coiro da Europa duas vezes e que lidera a civilização ocidental. É um país onde há liberdade e democracia e comparando com Rússia, China, Irão e etc. é um verdadeiro Céu. Deixem-se de tretas à puto do 10 ano que leu ontem um panfleto da JCP. Abram os olhos e enfrentem as coisas como elas são!

      • Ó E a alternativa qual é? Vc. está a ver mal a questão. Mas ser “a maior potência militar do mundo” é ser alguma coisa? E pensa que a Europa, mesmo que esteja desarmada, precisa das armas nucleares dos USA?
        E já pensou na hipótese de a Humanidade poder viver mais tranquilamente se os USA não fosse a maior potência militar?
        E pensará que o armamento nuclear fará jeito a alguém se for utilizado? Sim, se alguém sairá vencedor em caso de conflito?
        Não esquecer que foram os USA que começaram!!!

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