Pentágono lançou o projeto que vai mudar o futuro da guerra

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ZAP // Dall-E-2

Está em marcha o ambicioso programa que vai criar uma enorme frota de esquadrões de combate robotizados, facilmente replicáveis a um custo tão baixo que serão descartáveis, com que os EUA se preparam para mudar o futuro da guerra.

O Pentágono anunciou esta semana o primeiro drone de combate da sua nova iniciativa “Replicator”, o seu ambicioso programa de construção de um enorme exército autónomo constituído por grandes enxames de drones de combate em terra, no mar e no ar.

O objetivo do programa Replicator é dotar os militares norte-americanos de uma força inatacável e de muito baixo custo.

Estes enxames permitirão, segundo os especialistas, controlar qualquer área e domínio, atacando ou defendendo com um número esmagador de máquinas que poderão atuar de forma independente e coordenada graças a sistemas de inteligência artificial.

O programa é uma espécie de Skynet — por enquanto, sob direção humana, diz o El Confidencial. Na conhecida saga Terminator, o Dia do Julgamento Final chega quando máquinas ligadas numa “Skynet”, se constroem a si próprias, em gerações com Inteligência Artificial cada vez melhor, até que ganham consciência.

A pedra basilar desta força será o Switchblade 600, famigerado drone desenvolvido e fabricado pela AeroVironment que teve grande sucesso contra os russos na Ucrânia.

O Switchblade 600 é uma arma kamikaze, também chamada de munição de saque, que é lançada de um tubo para realizar tanto missões de reconhecimento como de ataque. Está equipada com uma ogiva polivalente semelhante à utilizada nos mísseis guiados anti-tanque Javelin que a torna perfeita para abater alvos blindados.

O drone pode permanecer no ar durante cerca de 40 minutos, atingir velocidades até 185 km/h e operar num raio de 40 quilómetros.

A guerra do futuro

Nesta fase do programa Replicator, o Departamento da Defesa norte-americano  (DoD) planeia também incluir vários tipos de veículos de superfície não tripulados (USVs) e sistemas aéreos não tripulados (c-UAS), que serão construídos por empresas de defesa tradicionais e startups de defesa.

O financiamento atribuído para este ano será de apenas 500 milhões de dólares, mas espera-se que este orçamento cresça exponencialmente.

Como mostrou recentemente a primeira batalha de robôs de sempre, entre a Ucrânia e a Rússia, este é o caminho que está a ser seguido por superpotências como os EUA e a China — mas também por atores mais pequenos como o Irão.

 

De acordo com o Almirante Samuel Paparo, comandante do Comando Indo-Pacífico dos EUA, “este é um passo fundamental para fornecer as capacidades de que necessitamos, à escala e à velocidade de que necessitamos, para continuar a garantir um Indo-Pacífico livre e aberto”.

O programa Replicator foi apresentado em agosto de 2023 pela Secretária Adjunta da Defesa, Kathleen Hicks, na conferência sobre Tecnologias Emergentes da Associação Industrial de Defesa Nacional.

A iniciativa foi especificamente concebida para fazer frente à China em caso de conflito em Taiwan, utilizando “milhares de sistemas autónomos pequenos, inteligentes e baratos“.

Para o Pentágono, esta estratégia é completamente nova em relação ao atual quadro de defesa do país, que se baseia em grandes veículos e armas extremamente caras e complexas.

Na apresentação, Hicks defendeu o mesmo ponto de vista que os grupos de reflexão sobre defesa e o Pentágono têm vindo a defender: os enxames de drones serão cruciais para enfrentar o desafio colocado pela potencial invasão de Taiwan e de outras partes do Pacífico pela China. São necessários, afirmou, para contrariar as suas “capacidades de acesso / negação de áreas” e a sua massa militar global.

Segundo Hicks, não se trata de igualar o inimigo em número de aviões, navios ou soldados, mas sim de inovação tecnológica.

“Estas armas vão salvar a vida dos soldados“, acrescentou a Secretária Adjunta da Defesa, referindo-se indiretamente às táticas da Rússia na Ucrânia. “Afinal, não usamos o nosso povo como carne para canhão — como fazem alguns rivais.

ZAP //

11 Comments

  1. Sempre a alimentarem a guerra.
    Os EUA e seus vassalos europeus não descansam enquanto não desencadearem a terceira guerra mundial.

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  2. Será engraçado se, após tudo isso, o programa ser hackeado e ser usado contra os próprios criadores. Ou, até mesmo, o início do futuro apocalíptico do Exterminador do Futuro.

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  3. Têm em mente, os EUA comanda o mundo a história não vai mudar. A China pode lutar para derrubar a economia Americana não será possível. Guerra da oportunidade é grande negócio., os EUA é inderrubavél.

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  4. Aresposta perfeita a dar ao Putin, depois deste anunciar as suas novas armas “indestrutiveis”, e a China que mantem as suas ameacas a Taiwan.

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  5. Oh Miguel, preferias que os EUA e a Europa se deixassem destruir e controlar por loucos tiranos sanguinários como Putin, Kim Jong-un ou os Aiatolas? É preciso ter lata.

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  6. Esse tal Miguel é mais comunista que o Álvaro Cunhal, com uma grande diferença o Cunhal tinha massa encefálica na caixa craniana.

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  7. O mundo com tantos e tão graves problemas a todos os níveis e o ser humano a investir cada vez mais em armas para matar e destruir e ajudam a esgotar os recursos do planeta.
    E algumas pessoas ainda se maravilham com armas cada vez mais sofisticadas. Será só até serem vítimas delas…
    É a loucura a caminho do absurdo.
    O ser humano sem o amor de Deus revelado em Jesus Cristo está cada vez mais desumano e a caminho de deixar de “ser”.

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  8. Se eles tivessem criado um sistema antiguerra e terminassem com o embargo a Cuba, batia palmas..
    São 60 anos de embargo, ganhem vergonha

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  9. Engraçado que nunca se fala em “Planos de Paz” ou “Formas de se evitarem Guerras”. Já alguém dizia “Se as pessoas que produzem as munições são as mesmas que produzem os curativos, então elas não querem que a máquina da guerra pare.”

  10. Aos gajos do PCP já não lhes basta o Avante…
    Sempre foram a favor da paz: “Better red than dead!”
    Emigrem para Cuba, Venezuela, Coreia do Norte ou China, países comunas onde a paz e a concórdia reinam.

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