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O Pentágono admitiu (finalmente) que investiga OVNIs

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(CC0/PD) 12019 / pixabay

O Pentágono, em Washington, sede do Departamento de Defesa dos EUA

Numa declaração sem precedentes e que alguns consideram “bombástica”, o Departamento de Defesa dos EUA admitiu que investiga OVNIs (Objectos Voadores Não Identificados). Uma posição oficial que reforça a importância militar de estudar este tipo de fenómenos.

Do alto da sua sede no Pentágono, em Washington, o Departamento de Defesa dos EUA (DOD na sigla original em Inglês) assume que investiga “fenómenos aéreos não identificados”, em declarações inéditas citadas pelo The New York Post (NYP).

A expressão que reporta para os OVNIs nunca tinha sido usada pelo DOD. Estamos, assim, perante uma “revelação bombástica”, como refere no NYP o ex-militar britânico Nick Pope que investigou OVNIs para o Governo do Reino Unido durante a década de 1990.

Apesar de a iniciativa secreta intitulada “Advanced Aerospace Threat Identification Program” (AATIP – Programa de Identificação de Ameaça Aeorospacial Avançada) ter sido dada por encerrada em 2012, o Pentágono “continuou a pesquisa e a investigação sobre fenómenos aéreos não identificados”, destaca o porta-voz do DOD, Christopher Sherwood, no NYP.

“O DOD está sempre preocupado em manter a identificação positiva de todas as aeronaves no nosso ambiente operacional, bem como em identificar qualquer capacidade estrangeira que possa ser uma ameaça para a segurança interna“, aponta Sherwood.

“O Departamento vai continuar a investigar, através dos procedimentos normais, relatos de aeronaves não identificadas encontradas por aviadores militares dos EUA, a fim de garantir a defesa da segurança interna e a protecção contra surpresas estratégicas das nações adversárias”, acrescenta o porta-voz do DOD.

Para o administrador do site “The Black Vault” que revela documentos secretos do Governo norte-americano sobre OVNIs, esta é “uma declaração bastante poderosa”, conforme declarações ao NYP. John Greenewald Jr. destaca que agora há “provas oficiais” de que o DOD “lidou mesmo” com “fenómenos, vídeos, fotos” de OVNIs.

Declarações oficiais anteriores eram ambíguas e deixavam a porta aberta à possibilidade de o AATIP estar simplesmente preocupado com as ameaças de aviação de próxima geração, mísseis e drones”, acrescenta Nick Pope.

Porque é que o Pentágono está interessado em OVNIs?

Para o professor de Engenharia Aeroespacial da Universidade de Michigan (EUA) Iain Boyd este interesse do Pentágono em OVNIs faz todo o sentido, como escreve num artigo no site The Conversation.

Boyd começa por lembrar que em Abril deste ano, a Marinha dos EUA implementou um novo protocolo de acção perante o aumento dos avistamentos de OVNIs em áreas controladas pelo exército norte-americano.

Referindo-se ao conceito de “consciência situacional” que significa que os militares têm completo entendimento do ambiente que os rodeia, Boyd nota que “um OVNI representa uma falha na consciência situacional“.

Assim, o Pentágono pretende apenas marcar a importância de perceber o que é uma ameaça real ou um mero avistamento sem significado, considera o professor dando como mostra da valia desta afirmação a sua “experiência como conselheiro de ciência da Força Aérea”.

“Os OVNIs representam uma oportunidade para os militares melhorarem os seus processos de identificação”, considera Boyd, realçando que a postura do DOD é um “bom primeiro passo” para resolver esta dificuldade. E que pode resultar na diminuição dos avistamentos – porque deixarão de ser objectos não identificados.

SV, ZAP //

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8 Comments

  1. O Pentágono investiga Ovnis, como se isso fosse alguma novidade. Há quantos anos o faz? Muito provavelmente há mais de 25 anos. E, sobre os seres extras terrestres, que manteve nas suas cadeias, e que provavelmente ainda mantém, nada diz.

  2. Todo o mundo sabe que não estamos sós no universo. Os EUA têm em seu poder tecnologia que vários técnicos que trabalharam na chamada Área 51 afirmam terem visto, mas não possuem ligas metálicas para o concretizarem. No futuro isso poderá acontecer. Veremos…

  3. Na verdade não estamos sós. Recen temente há relatos de fenómenos invulgares em todo o mundo. Será um aviso para alerta?

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