Nuno Melo aponta para um “caminho de dignificação” da profissão e diz que “este Governo fez em 115 dias o que o Governo do PS não fez em 2.920″.
“Depois de oito anos com os números do recrutamento e da retenção sempre a cair, nós verificámos já, pela primeira vez em muitos anos, a inversão desse ciclo”, anunciou esta terça feira Nuno Melo.
O ministro da Defesa, citado pela Lusa, mencionou que, em 2015, quando o governo de António Costa tomou posse, “havia perto de 29 mil militares” e, em 2024, quando o atual executivo da AD assumiu funções, “existiam perto de 23 mil militares”.
De acordo com o ministro da Defesa, o Exército recebeu já este ano mais 300 candidaturas do que no ano passado, e a Força Aérea deverá somar este ano mais candidatos do que nos últimos dois anos.
Também na Marinha “pela primeira vez desde há muito tempo, regista-se um saldo positivo, no balanço entre as saídas e as entradas, que andará entre os 125 e os 150 militares”.
Segundo Nuno Melo, este Governo “levou a cabo o maior aumento combinado de salários e de suplementos” nas Forças Armadas, e “fez em 115 dias o que o Governo do PS não fez em 2.920 dias”.
Não obstante, reconhece que será preciso esperar “que o tempo vá passando para que esta tendência se mostre consistente e, a seu tempo”, seja possível atingir os cerca de 30 mil militares nas Forças Armadas, objetivo do Ministério da Defesa.
Há também falhas a colmatar, aponta o dirigente, como é exemplo o estatuto de deficiente nas Forças Armadas, que demora “cerca de um ano” a chegar.
“Quero anunciar que estamos neste momento a trabalhar na possibilidade de aceleração de um protocolo para que, através de uma ‘task force’, toda esta pendência de pedidos, que poderia ser de mais de um ano, possa ser feita num tempo de 30 dias”, revelou.
De acordo com Renascença, já no início do mês o Chefe Estado-Maior do Exército, o general Mendes Ferrão, tinha garantido que seria possível estancar este ano a contínua redução de efetivos nas Forças Armadas desde 2011.