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Pela primeira vez desde 1994, a Rússia fez mais dinheiro a exportar ouro do que gás natural

Pela primeira vez desde 1994, as receitas oriundas das exportações de ouro na Rússia excederam as de gás natural, escreve a revista norte-americana Newsweek, citando órgãos de comunicação social russos.

Dados do Serviço Federal de Alfândega da Rússia (FCS), divulgados esta semana pela publicação comercial RBC, mostral que entre abril e maio deste ano as empresas russas exportaram 66,4 toneladas de ouro, no valor de 3,58 mil milhões de dólares.

Este valor ultrapassou em 2,4 mil milhões de dólares as receitas oriundas da exportação de gás natural, a cargo da empresa estatal de energia Gazprom.

Apesar de os dados de junho – que completariam o segundo trimestre de 2020 – não estarem ainda disponíveis, dados do banco central da Rússia mostram que durante todo o trimestre o país terá vendido 3,5 mil milhões em gás – o desempenho mais fraco desde meados de 2002, frisa a revista norte-americana.

Em declarações à publicação RBC, Maxim Khudalov, especialista da Agência de Análise de Crédito Analítico (ACRA), disse que é a primeira vez desde pelo menos 1994 que as exportações de ouro na Rússia excedem as vendas de gás.

O mesmo órgão dá conta que as exportações de gás na Europa podem cair para cerca de 163 mil milhões de metros cúbicos em 2020, abaixo dos 200 mil milhões de metros cúbicos registados no ano anterior.

Esta tendência ocorre depois de uma queda global na procura por energia, causada em parte pela pandemia de covid-19. Acontece também durante uma grande procura por ouro, que normalmente é visto como um “porto seguro” em tempos de crise.

Até agora, quatro quintos das exportações de ouro da Rússia (4 mil milhões) seguiram para o Reino Unido, escreve ainda a RBC, dando conta que a capital do país, Londres, é o centro do comércio global deste metal precioso.

ZAP //

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