Pedro Nuno Santos, o político que não faz promessas

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Eduardo Costa / Lusa

Pedro Nuno Santos, candidato a secretário-geral do Partido Socialista

Pedro Nuno Santos afirma ser um político de decisões e convicções fortes, mas que não faz promessas. Em entrevista à Antena 1, respondendo a Cavaco Silva, o economista e ex-ministro das Infraestruturas disse que as “contas certas” do PS só existem, porque o PSD tinha as contas erradas, argumentando que os sociais-democratas, ao contrário dos socialistas, têm um mau histórico em matéria de dívida pública.

Esta terça-feira, em entrevista à rádio Antena 1, o candidato a secretário-geral do Partido Socialista (PS) Pedro Nuno Santos (PNS) recusou entrar numa campanha de promessas, porque considera que isso descredibiliza a política: “fazer promessas é fazer política à moda antiga”.

A eleição do novo secretário-geral do PS está programada para os dias 15 e 16 de dezembro, com PNS, José Luís Carneiro e Daniel Adrião, na disputa para suceder a António Costa.

Pedro Nuno Santos falou do episódio em que, em junho do ano passado, publicou um diploma para a construção do novo aeroporto de Lisboa na opção “Montijo+Alcochete”, contra qualquer indicação de António Costa.

“Houve claramente um desencontro entre mim e o primeiro-ministro. Obviamente, no quadro de uma descoordenação, onde há um ministro e um primeiro-ministro, essa responsabilidade é maior num ministro”, admitiu Pedro Nuno.

PNS disse, no entanto, esse “desencontro” foi revelador de algo que pretende deixar bem patente acerca da sua imagem: “ficou claro que eu sou um político que quer decidir (…) comigo não se arrasta os pés, comigo decide-se, comigo faz-se“.

Quanto a jornalista Natália Carvalho lhe perguntou se no lugar de primeiro-ministro teria demitido um ministro que lhe fizesse o mesmo, Pedro Nuno disse que não queria voltar a olhar para esse assunto.

“Isso já passou, já foi há mais de um ano. O que é importante hoje é pensarmos no futuro. Estamos sempre a olhar para trás. Se queremos ser um país com futuro, temos de olhar para a frente e é para a frente que eu estou a olhar”, disse Pedro Nuno, sem deixar de voltar a sublinhar que a sua forma de estar na política é ter “querer e ter ambição de fazer mais”.

Contas certas vs. contas erradas

O ex-ministro das Infraestruturas disse que as recentes declarações de Aníbal Cavaco Silva – que disse que as “contas certas” do PS são uma armadilha para distrair os portugueses – são campanha do PSD.

“Cavaco Silva é uma figura muito importante da nossa vida contemporânea… não podemos ignorar que foi um dirigente muito importante do PSD, dos mais importantes, senão o mais importante vivo, mas é alguém que está em campanha pelo PSD”, considerou.

“Era importante que nós todos percebêssemos o seguinte: a expressão ‘contas certas’ nasce porque as contas do PSD e da direita eram contas erradas. O PSD foi passando a ideia de que o PS era irresponsável em matéria de contas públicas, mas o PSD é que era”, acrescentou.

Pedro Nuno Santos acusou o PSD de não ter um bom histórico em matéria de dívida pública, ao contrário do PS que “recuperou rendimentos, aumentou salários, aumentou pensões” e, apesar de ter aumentado a despesa social do Estado, fez baixar a dívida pública.

Em resposta a Luís Montenegro que o acusou de ser radical, PNS recusou as noções de “radicalismo” e “moderação”, referindo que o debate político não se divide entre moderados e radicais, mas sim “entre pessoas que têm convicções com pessoas que não têm convicções”.

“Eu não sou radical nem sou moderado, sou socialista, social-democrata, trabalhista, fazemos parte desta mesma família“, concluiu.

Miguel Esteves, ZAP //

5 Comments

  1. deem votos a esta pessoa e assim podem ver como se governa um pais por whatsapp! como se gerem dossiers sem os ler, como se demitem bodes espiatorios, Parece que estamos a viver numa amnesia coletiva! e o pior é que tudo aconteceu à meia duzia de meses. Minha nossa

  2. Este já se esqueceu que se demitiu de Ministro porque foi apanhado a MENTIR. Credibilidade tem este gajo??
    Betinhos de Maserati armados em extrema esquerda caviar.
    Deus nos livre!

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