No pim-pam-pum entre Pedro Nuno e Montenegro, portugueses dizem “nenhum”

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ZAP // Hugo Delgado / Lusa; PSD / Flickr

“Nenhum dos dois” é a resposta mais frequente em vários parâmetros de avaliação das capacidades de Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro para sucederem a António Costa na liderança do Governo.

Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos acordaram com boas e más notícias esta sexta-feira — más, porque a maioria dos portugueses não está convencida das suas aptidões para chefiarem o Governo, e boas, porque o seu rival directo para o cargo de primeiro-ministro está na mesma situação.

De acordo com uma nova sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e para o Jornal de Negócios, 31% dos portugueses não querem nem Luís Montenegro nem Pedro Nuno Santos do PS para sucederem a António Costa. Pedro Nuno lidera ligeiramente nas preferências com 28%, enquanto Montenegro reúne a simpatia de 24% dos inquiridos.

O inquérito, que avalia a impressão dos portugueses sobre os dois líderes partidários em diversos aspectos, revela uma clara desconfiança do eleitorado, visto que “nenhum dos dois” foi a resposta mais frequente em quase todos os parâmetros.

Apesar desta tendência geral, Pedro Nuno Santos é percebido como mais carismático, segundo 38,1% dos inquiridos, em comparação com os 15,7% obtidos por Montenegro. Os inquiridos acham ainda que o líder socialista tem mais força do que Montenegro, com 38,3% contra os 16% do rival social-democrata.

No entanto, excluindo a opção “nenhum”, Montenegro lidera em quase todos os outros critérios. Os portugueses consideram-no mais honesto (22,9% contra 17,2%), trabalhador e responsável (23,7% contra 20%) do que Pedro Nuno Santos — apesar de, novamente, a resposta mais dada ser “nenhum”.

Questionados sobre se comprariam um carro em segunda mão a algum dos candidatos — uma pergunta frequentemente feita para avaliar a confiança dos eleitores na honestidade dos políticos — ambos ficam mal na fotografia, com 61% a responder que não fazia o negócio com nenhum deles.

Tanto o líder do PS como do PSD são ainda amplamente rejeitados quando se pergunta aos portugueses se lhes emprestariam dinheiro (64,2%), se lhes pediriam conselhos financeiros (53,2%) ou se aceitariam jantar com eles (55%).

Em termos da avaliação dos órgãos de soberania e líderes partidários, o Governo e o primeiro-ministro António Costa registaram as maiores subidas de popularidade. O Executivo subiu de 2,3 para 2,5 e Costa de 2,4 para 2,7 numa escala de zero a cinco. Já o Ministério Público e a Procuradoria-Geral da República viram a sua popularidade diminuir 0,1 pontos.

Entre os restantes líderes partidários, Rui Tavares do Livre alcançou a melhor avaliação, seguido por Rui Rocha da Iniciativa Liberal e Mariana Mortágua do Bloco de Esquerda. André Ventura, do Chega, registou a menor nota, com 2,3.

Adriana Peixoto, ZAP //

3 Comments

  1. São os dois tão maus que o resultado será de tripla: 1º O Chega atingirá facilmente 25% da votação, aproximando-se muito dos 2 partidos de governação: 2º a taxa de abstenção irá atingir records. 3º Portugal caminhará lentamente para o abismo, empurrado pela dupla mais incompetente da história deste país: António Costa e Marcelo Sousa

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