Pedro Nuno “claramente melhor” que Montenegro. Mas nenhum líder do PSD se demitiu por “peripécias”

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Manuel de Almeida, Tiago Petinga / Lusa

O presidente do PS, Carlos César, considera Pedro Nuno Santos “claramente melhor” do que o líder da AD,  e que tem uma proximidade ao país que o principal adversário não tem. Já Pedro Santana Lopes recorda que nenhum líder do PSD se demitiu por peripécias no seu gabinete.

Em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, nos Açores, o presidente do PS, Carlos César, considerou este domingo que Pedro Nuno Santos “é claramente melhor” do que o líder da AD

“Aquilo que me parece essencial de verificar nesta eleição é que Pedro Nuno Santos é claramente melhor do que Luís Montenegro“, disse Carlos César.

“É alguém que cresceu num ambiente familiar que acompanhou o desenvolvimento das empresas, das pequenas e médias empresas. É um economista bem preparado, capaz de se confrontar com os desafios que a governação hoje exige num momento tão difícil como aquele em que vamos estar”, acrescentou.

Para o presidente do PS, o candidato e líder do seu partido é, “muito mais do que Luís Montenegro, uma pessoa sensível e preocupada com aquilo que são os problemas das famílias, os problemas dos jovens, os problemas das empresas. Tem essa proximidade em relação ao país real que Luís Montenegro não tem”.

Questionado quanto à presença de antigos líderes partidários nesta fase da campanha eleitoral, o socialista respondeu que se forem pessoas “que possam trazer um testemunho útil ao país” e não vê nada que impeça essa presença.

“Felizmente participam na campanha o professor Cavaco Silva e o doutor Passos Coelho, e isso dá bem a noção daquilo que nós não queremos ver repetido em Portugal”, observou.

Carlos César, que liderou o Governo Regional açoriano durante 16 anos e que é membro do Conselho de Estado, disse ainda acreditar que nas eleições legislativas de dia 10 o seu partido tenha “uma grande vitória” na região.

“Porque é uma vitória merecida. Merecida pelo trabalho que o Governo fez ao longo destes anos em relação à Região Autónoma e também, modéstia à parte, pela qualidade da nossa representação parlamentar testada neste último ano e meio”, justificou.

Excedente para gastar com o povo

Pedro Nuno Santos procurou fazer hoje um dualismo entre esquerda e direita e disse que o excedente orçamental é para gastar com o povo e não com a banca e com as grandes empresas.

Num breve discurso de Vila do Conde, bastião eleitoral socialista, o secretário geral do PS acusou a AD de “arrogância” nesta campanha para as legislativas de dia 10.

“Conseguimos diminuir a nossa dívida e ter excedente orçamental. E a escolha que temos para fazer é se queremos gastar esse excedente com quem não precisa, com os bancos e com as maiores empresas, ou se queremos investir no povo, no Estado social, nos serviços públicos, nos nossos hospitais e escolas”, afirmou, perante largas centenas de militantes e simpatizantes socialistas.

O secretário-geral do PS assinalou que Portugal apresenta agora uma situação financeira e orçamental “mais confortável”.

“Por isso, é hora de apoiarmos o nosso povo, aumentando salários e pensões. Essas são as prioridades dos socialistas. Nós não queremos desbaratar recursos com quem não precisa. Queremos investir os recursos a cuidar do nosso povo, de quem trabalhou uma vida inteira – os nossos reformados – e em quem trabalha”, completou.

Embora sem falar na AD, Pedro Nuno Santos deixou uma mensagem: “Para aqueles que tinham já a arrogância de achar que iam ganhar, vejam onde está a verdadeira força, onde está o povo, estamos aqui em força”.

Nenhum líder do PSD se demitiu por peripécias

O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes juntou-se hoje à campanha da AD e acusou António Costa de descaramento pelas críticas que fez a ex-líderes do PSD, referindo que “nenhum se demitiu por peripécias passadas no seu gabinete”.

Em matéria de descaramento ninguém ganha ao PS. É absolutamente impressionante, porque aparecer a dizer dos antecessores o que o doutor António Costa disse, sinceramente, acho que para além do mais é mesmo muito deselegante”, considerou Pedro Santana Lopes.

“Nenhum antigas líder do PSD ou CDS fugiu a dizer que vinha aí o pântano, nem nenhum pediu intervenção externa, nem nenhum se demitiu por peripécias passadas no seu gabinete”, em alusão aos antigos líderes do PS António Guterres e José Sócrates e ao atual Governo chefiado por António Costa.

Saímos, ganhando ou perdendo, com honra, e isso é o principal”, defendeu.

Em resposta ao discurso que fez António Costa no sábado, num comício do PS no Porto, Pedro Santana Lopes quis ainda acrescentar “só uma graça”.

“Há quem ponha os filhos – eu também tenho filhos e netos – em escolas privadas defendendo a escola pública, e há quem saia de primeiro-ministro e vá fazer pós-graduações em universidades privadas quando são defensores é do ensino público”, assinalou, acrescentando: “Acho que é tudo extraordinário“.

O antigo presidente do PSD, do qual se desfiliou em 2018 para fundar o partido Aliança, do qual entretanto saiu, considerou que “a liderança de Luís Montenegro se afirmou de uma maneira impressionante nesta campanha” para as legislativas de dia 10 “e o resto é conversa”.

Segundo Pedro Santana Lopes, perante a situação do país, “o PS não merece” continuar no Governo. “O PS tem a mania de dizer quando a luta aquece ninguém segura o PS, ou lá o que é o ditado. Eu diria assim: quando esta realidade acontece, há uma coisa que é incontestável, é que o PS não merece“, rimou.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. Este P.. S.L., camaleão troca tintas, se tivesse alguma capacidade de respaldo do que lhe resta mostrar da sua pessoa, ficava caladinho, sem pio, não fosse a conversa fazer ricochete.
    Mas não….Já que os outros disseram baboseiras, ele também quis o momento dele, para repetir o que lhe diz o espelho.
    .

  2. Claramente melhor?! Só se for em amnésia e fuga do governo. Este César que tem toda a família a mamar do Estado, pensa que está a falar para tansos. Um bocado de vergonha ficava-lhe bem. Alguma vez houve algum candidato a primeiro ministro que em funções governativas não se tenha lembrado que deu autorização para o pagamento de centenas de mihares de euros a uma sua funcionária?!

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