Esta terça-feira, o comité central do PCP esteve reunido e, num balanço da gestão da pandemia de covid-19, deu nota negativa ao Governo. As críticas estenderam-se também ao Presidente da República.
Depois de uma reunião do comité central do PCP, Jerónimo de Sousa criticou o Governo por possuir “todos os meios para dar uma resposta necessária mais imediata”, mas insistir em “não o fazer” e optar por “dar prioridade à gestão do défice, em detrimento das medidas e investimento inadiáveis”.
As declarações do líder comunista surgiram no mesmo dia em que Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que o estado de emergência pode ir até maio. Jerónimo apelou à conciliação de uma reabertura da economia mais ambiciosa, aliada a uma proteção saúde mais rigorosa.
“É um pouco mais do mesmo. Temos um problema sério, tendo em conta a situação sanitária, mas devia ser considerado um novo paradigma”, disse, citado pelo Público.
Além de defender “medidas que visem o funcionamento e não encerramento” da atividade do país através de uma maior atenção à “prevenção, rastreio, testagem e vacinação” contra a covid-19, Jerónimo lembrou os compromissos assumidos pelo Governo em relação ao reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em relação às atividades económicas e à sobrevivência de micro, pequenas e médias empresas, o líder do partido alertou para a importância de uma “adequada preparação para que se possa retomar [a atividade económica] em segurança”, referindo-se, nomeadamente, às atividades sociais, culturais e desportivas.
Na sua intervenção, esta segunda-feira, Jerónimo adiantou ainda que o PCP vai participar “ativamente nas manifestações” para comemorar o 25 de Abril, caso seja possível realizá-las com respeito pelas regras sanitárias.
“Pela nossa parte, comemoraremos o 25 de Abril, o ato e o processo mais avançado da nossa história contemporânea”, disse, em resposta aos jornalistas, na conferência de imprensa em que apresentou as conclusões do comité central do partido.
Esta terça-feira, à semelhança dos restantes partidos com assento parlamentar, o PCP vai ser ouvido pelo Presidente da República sobre a renovação do estado de emergência. Nessa audiência, avança o diário, os comunistas voltarão a defender um “novo paradigma”.
Liliana Malainho, ZAP // Lusa
Bom mesmo é abrir tudo de novo e começar o circo outra vez daqui uns meses…. Depois apenas o Costa é responsabilizado pelas más escolhas….