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Marcelo já recebeu segunda dose (e admite estado de emergência até maio)

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Mário Cruz / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República revelou, esta segunda-feira, que já tem a vacinação contra a covid-19 completa e admitiu que o estado de emergência pode ir até maio.

No final de uma visita à Escola Básica Parque Silva Porto, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa revelou que já recebeu a segunda dose da vacina contra a covid-19 há quase três semanas” e que, como “na altura não havia AstraZeneca”, foi vacinado com uma dose da Pfizer, cita o jornal online Observador.

Sobre a renovação do estado de emergência, que está em vigor até 31 de março, o chefe de Estado afirmou que “é praticamente certa” e que “é provável que haja outras renovações, dependendo do plano de desconfinamento”.

Marcelo explicou que vai receber os partidos na terça e na quarta-feira, depois da reunião com os peritos no Infarmed, e depois disso enviará um novo decreto ao Governo, que será “sensivelmente igual ao anterior”.

O Presidente da República admitiu ainda ser “muito provável” que o país esteja nesta situação até maio.

“Havendo um plano de desconfinamento até maio, quer dizer que há atividades confinadas parcialmente até maio e, portanto, é muito provável que haja estado de emergência a acompanhar essa realidade”, afirmou aos jornalistas, citado pela rádio TSF, acrescentando que é o estado de emergência que “legitima aquilo que são as restrições impostas aos portugueses”.

O chefe de Estado espera que, depois da Páscoa, seja possível reabrir a “atividade social, comunitário e económica de todo o país e, para isso, é fundamental que os portugueses, quer no período que se avizinha da Páscoa, quer depois, com a abertura progressiva, compreendam a importância do passo que está a ser dado”.

O Presidente disse que “todos queremos que seja um passo o mais definitivo possível” e que não seja apenas “um avanço para um recuo, porque já tivemos a experiência de avanços e recuos e todas as sociedades à nossa volta estão a ter essa experiência”.

“Europa não pode ser o reino dos egoísmos”

Sobre a reabertura das escolas, Marcelo Rebelo de Sousa disse que foi um “esforço importante” e considerou que “foi bem escolhido por parte do Governo, e teve o apoio do Presidente da República, de ser a escola uma peça essencial do processo de abertura”.

Relativamente ao processo de vacinação na Europa, o chefe de Estado português acha que “não correu bem”, sobretudo no que toca à distribuição das vacinas, o que veio a ter “consequências em vários países, incluindo Portugal”.

Assim, Marcelo considera que o segundo trimestre do ano “tem de ser uma recuperação” do que não foi possível no primeiro.

Além disso, o Presidente considerou também que “não correu bem a suspensão da vacinação por parte dos países com a AstraZeneca”, uma vez que “a União Europeia é uma união e não um somatório de egoísmos” e, portanto, “não deve cada um por si suspender ou não suspender”.

“A Europa não pode ser o reino dos egoísmos e individualismos, tem de ser um projeto comunitário”, reforçou.

Questionado sobre se acredita que a Europa pode atingir a imunidade coletiva a 14 de julho, tal como afirmou este domingo o comissário europeu para o Mercado Interno, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que, para já, é melhor “esperar que haja, no segundo trimestre, um número suficiente de vacinas para recuperar o calendário que se atrasou”.

“Essa é a meta fundamental. E para ser possível, estamos a falar de setembro, é preciso que haja vacinas e que o ritmo de vacinação seja intenso”, sublinhou.

ZAP //

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7 Comments

  1. Não sei qual será o contributo do Estado de Emergência para o sucesso do desconfinamento…
    Espero que não se faça como em novembro: não havia Estado de Emergência, mas as pessoas não puderam circular entre concelhos. Estupidez! Acha que está a proteger o povo…!!! Ridículo.

    Este gajo não entende a Constituição.

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