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PCP está a ser alvo de “campanha de ódio e difamação”

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Tiago Petinga / Lusa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou este sábado que o partido está a ser alvo de uma campanha de ódio e difamação por ter estragado a “festa” e viabilizado uma nova solução política.

“Por isso mesmo, este ódio, estes ajustes de contas, as infâmias, a mentira, a manipulação a que o nosso partido está sujeito têm a ver com esta causa funda: estragámos-lhe a festa e comprometemos as suas ambições e os seus interesses. Pois, fazem de facto uma campanha muito forte, mas, camaradas, não nos intimidam”, afirmou.

Jerónimo de Sousa falava na Covilhã, distrito de Castelo Branco, durante a sessão de encerramento da XI Assembleia da Organização Regional de Castelo Branco. Sem detalhar quais os casos de infâmia e mentira a que se referia, o líder comunista atribuiu responsabilidades dessa campanha aos que estão contra a decisão do PCP em apoiar a solução governativa, bem como contra as medidas implementadas ao nível dos salários e dos impostos, entre outras.

“Os centros do grande capital e seus seguidores não perdoam ao PCP. Por termos estragado a festa – eu diria o festim – com que se preparavam para acabar com o resto durante estes quatro anos que passaram”, afirmou.

Lembrando a história de luta do PCP contra o fascismo, Jerónimo de Sousa também afiançou que o PCP não se intimida com estas campanhas. Ao longo da intervenção distribuiu ainda várias críticas por PSD, CDS e PS, sublinhando os momentos e as políticas em que estes partidos “estão unidos e bem unidos”, apesar das guerras “de palavras” para tentarem mostrar “inexistentes diferenças”.

A meta do défice orçamental de 2018 e a estimativa que aponta que se tenha ido além do estimado também foi censurada pelo secretário-geral do PCP, para quem esta é “uma opção errada face aos muitos problemas e atrasos que o país enfrenta”.

Segundo salientou, tal também está a ser usado pelos partidos de direita para manterem o discurso em defesa do aumento de impostos, dando como exemplo as recentes declarações do antigo Presidente da República Cavaco Silva.

“Percebe-se a zanga recente de Cavaco Silva quando zurziu na redução do IVA da restauração. Até pôs em contraponto com o SNS. Curiosamente, um quadro do PSD está a fazer o programa eleitoral e, curiosamente, aparece com uma proposta neste sentido: pôr a pagar o IRS quem está, neste momento, isento”, disse.

A falar num concelho do interior do país, o líder comunista também não esqueceu os problemas do território, reiterou o compromisso do PCP na luta pela sua resolução e ainda questionou a falta de notícias recentes do Movimento pelo Interior.

“Onde é que anda esse Movimento pelo Interior, que fez tanto barulho, tanta coisa e que, de repente desapareceu, com o chamado processo de descentralização de PS/PSD. Será que desapareceram por causa do frio ou por causa da posição do PS e PSD?”.

// Lusa

3 Comments

  1. Não se vitimize “camarada” Jerónimo e olhe que não estragou a festa a ninguém e até fez um enorme favor àqueles portugueses que tinham algumas dúvidas sobre as linhas de orientação do seu PCP.
    A sede de vingança, do PCP, para com a direita foi e é tanta, que se uniu ao PS e BE, não porque quisesse governar alguma coisa, mas sim para que outros não governassem. O senhor e o seu partido são de tal forma rancorosos que até parecem aqueles maridos abandonados pelas mulheres, que depois as assassinam, justificando que se elas não os querem, a eles, também não pertencerão a outro homem.
    Vos PCP, sois vingativos, basta reparar na vossa expressão alterada e contundente quando falam e depois querem passar a mensagem de que os outros é que são tudo aquilo que vós sois. A culpa é sempre dos outros, porque o PCP é o dono de toda a verdade, aliás, algo que já sabemos, porque na Venezuela, Cuba e Coreia do Norte também assim é… Regimes que estão acima de tudo e todos e na posse de toda a sapiência.
    Certamente que agora já entendeu que ao “meter-se na cama” com o PS isso lhe irá causar enormes desaires eleitorais, porque o povo já entendeu que, afinal, o PCP pouco difere dos restantes.
    O PCP não está a ser perseguido por ninguém, escolheu foi um caminho que o levou a perder-se ainda mais do que já estava. Só resta, ao PCP, esperar que o povo esqueça o vosso silêncio e anuência nas medidas tomadas pelo PS e que também aceite a descolagem que pretendem fazer da “geringonça”.
    Obrigado Jerónimo e PCP por, finalmente, se terem dado a conhecer nestes 4 anos, porque os outros já eu sabia os medíocres que eram. Finalmente sabemos com quem estamos a lidar, relativamente a todos os que nos tramam a vida e isto também serve para o BE.

  2. O PCP, o partido mais odioso e difamador, o partido adepto de Maduro e do regime da Coreia do Norte, o partido que queria transformar Portugal numa Cuba ou URSS, vem se queixar dos seus métodos habituais ?!?
    Evapora-te dinossauro…!

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