O PCP questionou hoje o Governo sobre os pressupostos em que assenta o “brutal aumento” do preço das portagens nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama a partir de 1 de janeiro do próximo ano.
De acordo com uma pergunta endereçada ao ministro das Infraestruturas, a que a Lusa teve acesso, o grupo parlamentar do PCP questionou Pedro Nuno Santos sobre os “pressupostos concretos” em que “assenta a revisão dos preços nas portagens” das duas pontes que ligam os diferentes concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.
A partir de 1 de janeiro de 2023 os preços vão oscilar entre os 15 e os 25 cêntimos, para a categoria 1, e entre os 50 cêntimos e os dois euros para os camiões, decisão da Lusoponte que constituiu um “brutal aumento” para os comunistas.
“São valores inaceitáveis que iriam penalizar extraordinariamente todos os que utilizam esta infraestruturas estratégica, muitas vezes diariamente”, sustenta a bancada liderada por Paula Santos, acrescentando que os custos para a Lusoponte “não cresceram ao ritmo da inflação”.
A “saída que o Governo, em declarações já públicas, admite adotar” também não é, na ótica do PCP, uma “verdadeira alternativa”, uma vez que “trocar o aumento deste ano por um novo alargamento do prazo de concessão é continuar a remunerar a Lusoponte, e os seus acionistas, tem troca de nada e cedendo à chantagem dos mesmos”.
Por essa razão, os comunistas reivindicam o “resgate da concessão” das duas pontes e pergunta ao ministro se essa possibilidade está estudada.
// Lusa