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Ex-chefe da campanha de Trump acusado de tentar manipular testemunhas

(cv) ABC News

Paul Manafort, ex-diretor da campanha presidencial de Donald Trump

O procurador especial que investiga a alegada interferência russa nas eleições Presidenciais norte-americanas acusou o ex-chefe de campanha de Donald Trump de tentar manipular testemunhas.

Robert Mueller acusou, esta segunda-feira, Paul Manafort, ex-chefe da campanha de Donald Trump, de manipular testemunhas no caso contra si por crimes financeiros, pedindo ao juiz que revogasse o regime de prisão domiciliária.

Os procuradores que trabalham para Mueller asseguraram em documentos judiciais que Manafort tentou entrar em contacto com possíveis testemunhas do caso por telefone e através de um serviço de mensagens criptografadas.

Para os procuradores, estes contactos representam uma violação da liberdade condicional que foi concedida, depois de se entregar em outubro de 2017, pelo que pediram ao juiz a revogação da prisão domiciliária e que o mande para a cadeia até ao julgamento.

Nos documentos apresentados ao juiz, os procuradores relatam pelo menos um caso de uma testemunha que informou o FBI de que Manafort o contactou para discutir o seu testemunho.

Embora este processo seja produto da investigação de Mueller sobre a alegada interferência russa nas eleições Presidenciais, os crimes alegados contra si não estão relacionados com a sua atuação como diretor da campanha, entre junho e agosto de 2016.

Segundo a acusação, Manafort trabalhou entre 2006 e 2017 para Governos estrangeiros sem o comunicar ao Governo dos EUA, nem ao tesouro público, tal como dita a lei.

Manafort teve de renunciar ao cargo depois de ter sido descoberto pelas autoridades que tinha ocultado um pagamento de 12,7 milhões de dólares que recebeu por assessorar o deposto Presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich.

No último domingo, Trump questionou o FBI por não ter sido informado de que estava a investigar Manafort. “Sendo uma das duas pessoas que podiam chegar a ser Presidente, porque é que o FBI ou o Departamento de Justiça não me disseram que estavam a investigar Paul Manafort em segredo? Deveriam ter-me dito“, afirmou.

O início do julgamento de Manafort, que se declarou inocente das acusações, está previsto para o dia 24 de julho, no estado da Virgínia.

ZAP // EFE

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