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Patrões agradados com o plano do Governo. PSD diz que “é muito fraco”

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Manuel de Almeida / Lusa

O primeiro ministro, António Costa, fala aos jornalistas durante a conferência de imprensa realizada no final da reunião do Conselho de Ministros.

Enquanto patrões e sindicalistas ficaram bastante satisfeitos com o Programa de Estabilização Económica e Social apresentado pelo Governo, o PSD deixou duras críticas.

Esta quinta-feira, no final do Conselho de Ministros, onde foi aprovado o plano de reabilitação económica e social, António Costa apresentou o novo pacote de medidas ao país. O chefe do Executivo considera que vai permitir “mitigar efeitos de uma crise económica e social muito profunda”.

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) mostrou-se satisfeita com as novas medidas. “Considero positivo. Vem ao encontro de um conjunto de propostas que a CIP tem apresentado ao Governo nestes últimos meses nos contactos bilaterais que temos tido com o ministro da Economia e mesmo com o primeiro-ministro”, disse António Saraiva em declarações à Rádio Renascença.

“Apresentámos duas propostas que concretizámos e que o Governo vem agora dar resposta pela positiva, na extensão das linhas de crédito, os seguros de crédito, o reforço de algumas tipologias de apoio a micro-realidades empresariais. São globalmente positivas as medidas”, acrescentou.

António Saraiva salienta que o desaparecimento da figura da suspensão dos contratos de trabalho na modulação do lay-off simplificado é um dos pontos negativos do pacote apresentado pelo Governo. Ainda assim, é compensado pelo facto de o seu prazo ter sido estendido até julho, e não junho.

“Por isso não sendo uma questão de somenos importância é largamente compensada pelas medidas que o Governo nos anunciou e que consideramos positivas“, rematou.

Também do lado da UGT as reações são positivas. Em declarações à TSF, Carlos Silva enaltece o facto de o Governo ter ouvido as preocupações do sindicato “no sentido de não se manter o lay-off simplificado na exata forma que estava porque a penalização sobre os rendimentos dos trabalhadores era tremenda”.

“Há aqui um conjunto de decisões que até vem um pouco além da expectativa que a UGT tinha, de uma forma geral ninguém fica para trás”, confessa.

Por sua vez, o presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, ficou agradado pelo anuncio da contratação de 2700 profissionais de saúde e de que os idosos nos lares passam a ser acompanhados pelo Serviço Nacional de Saúde. “É importante que saibamos quem é o médico dessa pessoa e que esses médicos e enfermeiros tenham de se deslocar aos centros de saúde”, explicou antes de atirar: “É uma medida excelente”.

“Programa do Governo é muito fraco”

Quem não se mostrou muito satisfeita com o Programa de Estabilização Económica e Social foi a oposição. O presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, recorreu ao Twitter para deixar duras críticas ao novo plano do Governo.

O PSD também apresentou esta quarta-feira o seu plano de retoma económica no período de pós-pandemia, que inclui um alargamento da aplicação da taxa reduzida de 17% de IRC entre 2020 e 2023, uma reserva nacional de equipamentos médicos e uma ainda uma aposta no turismo em Portugal, para fomentar o setor.

Para Miranda Sarmento, uma das principais diferenças entre os dois planos é que o programa social-democrata destina-se aos próximos dois anos e não apenas aos seis meses seguintes.

Além disso, o plano do PSD “tem um objetivo estratégico que se decompõe em objetivos operacionais e daí em ações, medidas e programas”, enquanto o do Governo é uma “lista de intenções e medidas sem estratégia nem rumo”.

Por fim, “o do PSD tem o foco na economia e nas empresas”, enquanto o do Governo é centrado no Estado.

ZAP //

2 Comments

  1. Joaquim Sarmento para 2 anos? Deve pensar que os portugueses somos todos uns esquecidos, lembra-se como eram os orçamentos do PPD/CDS que andavam sempre a fazer rectificativos? Fala como se o PPD fosse melhor que o PS são ambos a mesma merda assim como o CDS e os que estão nas Autarquias, são todos uma máfia que há 45 anoso que andam a sugar o sangue aos portugueses, vão-se todos PHODER.

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