Passos Coelho renuncia ao mandato de deputado no fim de fevereiro

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Miguel A. Lopes / Lusa

O presidente do PSD anunciou, esta quinta-feira, na reunião do grupo parlamentar do partido que renunciará ao mandato de deputado no final de fevereiro, recebendo uma ovação de pé no final da intervenção.

De acordo com fontes sociais-democratas presentes da reunião, Passos Coelho admitiu que esta poderá ser a sua última intervenção nas reuniões da bancada e absteve-se de fazer uma análise mais aprofundada da situação política, devido às eleições diretas do próximo sábado que escolherão o seu sucessor e irão ser disputadas entre Santana Lopes e Rui Rio.

Na reunião, o ainda presidente do PSD apenas abordou os temas da procuradora-geral da República (PGR) e da lei do financiamento dos partidos.

Sobre Joana Marques Vidal, Passos Coelho, sem se pronunciar diretamente sobre a sua recondução, acusou o Governo da “maior falta de coragem” e pediu ao partido que não deixe ‘cair’ este tema.

Acerca da lei do financiamento dos partidos, reiterou o que já tinha dito publicamente: que não houve qualquer intenção de esconder nada no processo, mas admitiu que, perante a polémica que se seguiu à aprovação das alterações (vetadas pelo Presidente da República), talvez a matéria pudesse ser tratada de outra forma.

O líder parlamentar do PSD disse compreender a decisão de Passos Coelho mas admitiu ter recebido este anúncio com tristeza. “Foi para mim um privilégio muito grande ter servido o partido e o país ao lado de alguém com as características do doutor Pedro Passos Coelho e hoje o grupo parlamentar mais uma vez deu esse testemunho, de gratidão e de orgulho, e disse-lhe com muito afeto, com muito carinho, um até já”, afirmou Hugo Soares, no final da reunião da bancada do PSD que durou quase três horas.

Questionado se concorda com a perspetiva do ex-dirigente social-democrata Miguel Relvas, que em entrevista hoje ao Público e à Rádio Renascença, diz que o próximo líder do PSD pode durar apenas dois anos, Hugo Soares escusou-se a comentar por não a ter “lido ao detalhe”.

No fim da reunião, instado pelos jornalistas a comentar a reação da bancada à sua saída, Passos Coelho disse apenas que a recebeu “com muito prazer, pessoal e político”, salientando que foi deputado muitos anos, mas escusou-se a fazer mais declarações.

ZAP // Lusa

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2 Comments

  1. Passos fez um grande serviço a Portugal, conseguindo tirar o país do sufoco em que Sócrates o mergulhou. Fez alguns erros é certo, que hoje não repetiria. Um desses erros foi não ter saído assim que Cavaco entregou o poder à geringonça. Neste caso, Paulo Portas foi mais previdente.
    A sua saída nessa altura daria mais tempo a uma nova direção do PSD, como aconteceu no CDS.
    A sua avaliação e previsão sobre a duração e integridade da geringonça também falhou.
    Num país com um eleitorado 60% à esquerda, vai ser muito difícil nos próximos anos que o centro direita volte ao poder.
    PS, PCP e BE farão das tripas coração, para manter PSD e CDS fora do poder, com a nova fórmula de geringonça. Num próximo governo teremos ministros bloquistas no poder… !

    • “Passos fez um grande serviço a Portugal…”
      Hahahaa…
      Haja alguém com sentido de humor!…
      O melhor serviço dele ao país vai ser prestado no fim de Fevereiro!…

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