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Não há dinheiro. Passes-família no Grande Porto foram um passo maior do que a perna

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Três dias após ter sido anunciada a entrada em vigor do passe Navegante-Família, em Lisboa, o presidente da Área Metropolitana do Porto afirma que a região não dispõe ainda de condições para “a aplicação do passe-família”.

A promessa foi feita no dia 1 de abril pelo Governo e pelo presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) e anunciava que nenhuma família iria pagar mais do que 80 euros por mês para circular nos transportes públicos nos 17 concelhos do Porto. Este valor é o equivalente a dois passes.

O presidente da AMP nunca se comprometeu com uma data fixa. No entanto, na data de entrada em vigor dos passes únicos, prometeu que os passes-família seriam uma realidade a partir do novo ano letivo, ou seja, setembro.

Questionado pelo Expresso sobre a razão da entrada a duas velocidades dos prometidos passes-família (uma vez que o título família já está em vigor na capital), Eduardo Vítor Rodrigues adiantou que, neste momento, a prioridade é “a generalização do passe gratuito sub-13”, a partir de setembro, medida “generalizada a toda a AMP”.

Desta forma, a AMP “deixa o passe-família para uma abordagem técnica e financeira que ainda está por concluir“. Eduardo Vítor Rodrigues não indicou, porém, o para o efeito.

“Como se percebe, as Áreas Metropolitanas têm autonomia e condições específicas para as medidas, não sendo ainda o momento para o passe família, o que faremos logo que possível”, explicou ainda o presidente da AMP ao semanário, sem justificar a razão da entrada em vigor da medida a duas velocidades no país.

Fonte próxima da Empresa Metro do Porto, SA, referiu que tudo indica que “tão cedo” o haverá Andante-Família. “Simplesmente não há dinheiro”, acrescenta.

O Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART) está a ser financiado, parcialmente, pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Transição Energética, que contabiliza e arrecada os créditos de carbono emitidos por indústrias não-verdes e pagos pelas respetivas empresas, em função da poluição produzida.

“No Grande Porto, os créditos pagos pelas empresas serão residuais e não darão para subsidiar os passes-família”, garantiu a mesma fonte.

Ao contrário de Lisboa, em que a outra fonte de financiamento é disponibilizada pelas câmaras da AML, no Grande Porto nem todas as autarquias terão receitas disponíveis para o efeito. Segundo o que o Expresso apurou, ainda nem sequer há um cálculo de quanto custará subsidiar os passes, nem quais são os aludidos constrangimentos técnicos.

ZAP //

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9 Comments

  1. Isto é que são governantes e gestores. este é um pequeno exemplo. É por estas razões e mt outras q o país NUNCA vai a lado NENHUM

  2. Há sistemas que não compreendo. Para uns, há bónus nos transportes públicos. Para outros, impostos sobre a gasolina de que se necessita para deslocação aos mesmos locais. Só porque não têm alternativa.

    E esta hem!

    • É com os impostos que nós pagamos sobre a gasolina, que o governo paga os passes sociais, além das manutenções nas estradas dos países….sim, pq as PPP são um embuste para os portugueses, servem apenas para embolsarem as portagens que pagamos. A Brisa tinha uma dívida ao Estado de 125 milhões que foi perdoada pelo governo. Se devia 125 milhões é pq ganhou dinheiro para pagar esse valor em impostos. Foram perdoados os 125 milhões pq? Seria para a administração da Brisa levar bónus e dividirem tb com quem perdoou esses 125 milhões de €? Andam a roubar a quem ganha pouco ou nada, através dos impostos indiretos, para perdoarem dívidas astronómicas a grandes empresas e injetarem milhões nos bancos que segundo diz o governo esse dinheiro que tapa os buracos nos bancos é do Fundo de Resolução… e eu pergunto – o Fundo de Resolução faz criação de dinheiro? Esse dinheiro do Fundo de Resolução é dos nossos impostos, logo é sempre aqui o Zé Povinho que paga. Sobra sempre para o povo, quer este tenha posses, quer não tenha. Através dos impostos indiretos toda a gente paga e bem, somos bem roubados.

  3. Ó amigos! Está lá escrito no artigo: “A promessa foi feita no dia 1 de abril pelo Governo e pelo presidente da Área Metropolitana do Porto”. Crentes! LOL
    PS: Desconfio que o calendário do governo tem muitos dias 1 de abril!

  4. Típica medida socialista. Promete-se e depois logo se vê como e quem paga. Até porque as dívidas não são para se pagar…

    • E com isto o governo lá enganou os distraídos e ganhou as eleições europeias. Continuem a votar na corja governativa chefiada pelo indiano.

    • O nosso dinheiro dá para tudo, até para golas inflamáveis a mais do dobro do preço de mercado diz:

      É isso mesmo Sykander. Promete-se; à partida não é para cumprir; se depois for para executar, executa-se… mas contas nem vê-las. Já vimos isto nos transportes públicos, nas 35 horas da função pública,…

  5. Mais passos maior do que a perna irão surgir nos tempos vindouros e daí as suas consequências que certamente irão criar turbulência política e social, será apenas uma questão de tempo, as sucessivas greves nos vários sectores são sintoma das expectativas criadas mas não cumpridas para agradar a determinada clientela.

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