Matérias-primas registam aumentos sucessivos. O preço dos ovos reflecte essa tendência. O açúcar é a excepção.
A Páscoa neste ano vai ser, ou já está a ser, mais cara – sobretudo para quem tem o hábito de comprar os habituais ovos de chocolate.
A XTB analisou os preços das matérias-primas mais utilizadas na produção e na distribuição dos ovos: cacau, açúcar e petróleo.
Os números do cacau destacam-se. O preço deste produto tem atingido sucessivos máximos históricos ao longo dos últimos meses, lê-se em comunicado enviado ao ZAP.
Um quilo de cacau chegou recentemente aos 8,30 euros; um recorde relacionado com problemas em vários países de África, principais produtores de cacau – as restrições na produção estão a impulsionar as subidas dos preços.
Ao longo dos últimos quatro anos – praticamente desde o surgimento da COVID-19 – o preço do cacau mais do que triplicou.
Numa altura em que o consumo de chocolate atinge um pico, faz diferença no bolso.
O petróleo, obviamente, não está inserido na produção dos ovos da Páscoa; mas é essencial na distribuição.
Os combustíveis estão mais caros em 2024, com subidas semanais, incluindo em Portugal. E a tendência de subida de preços deve prolongar-se.
Há novas restrições do bloco OPEP+, que estão a prolongar cortes voluntários extras para o segundo semestre do ano, para apoiar a estabilidade do mercado. A procura aumenta, os preços sobem.
O açúcar é a excepção. O preço desceu consideravelmente ao longo das últimas semanas, voltando aos números do final de 2023. Embora se preveja que o preço suba até Maio (mas já não mexe com os ovos da Páscoa).