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Partido nacionalista dinamarquês distribuiu latas de “spray anti-refugiados”

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O partido nacionalista dinamarquês Danskernes, distribuiu mais de 100 latas de spray, com o rótulo “Asyl-spray”, numa referência aos refugiados que pedem asilo no país.

Nas latas oferecidas à população, aparece o logótipo do partido e as palavras “legal” e “eficiente” à frente de quadrados com um visto.

As 137 embalagens de spray foram distribuídas na cidade de Haderslev porque, segundo o líder do partido, Daniel Carlsen, várias mulheres foram atacadas por refugiados nessa localidade.

“Estamos a enfrentar um problema real na nossa sociedade, onde muitos dinamarqueses se sentem inseguros. Em parte porque há tantos migrantes no país, e porque as pessoas não se podem defender a si próprias”, afirmou Carlsen à TV Syd.

Segundo a RT, o partido Danskernes – que defende a repatriação de todos os refugiados – colocou apenas spray para o cabelo dentro das embalagens do “Asyl-spray”, já que o uso de spray de pimenta é proibido na Dinamarca.

Esta iniciativa tem gerado uma grande polémica entre a população, sendo que alguns concordam e outros repudiam completamente a medida elaborada pelo partido.

Daniel Carlsen é líder do partido da extrema-direita desde 2013 e já admitiu que teve um passado neo-nazista.

O Danskernes ainda não tem representação no Parlamento dinamarquês e está a realizar uma campanha de recolha de assinaturas para que possam concorrer nas próximas eleições.

No ano passado, a Dinamarca recebeu cerca de 20 mil refugiados, um número que sofreu uma queda significativa em 2016 – apenas 5.300 refugiados – devido às mudanças na política de imigração do país.

BZR, ZAP

2 Comments

  1. A Dinamarca tem sido um dos vários países-alvo da imigração oriunda do Médio Oriente e África. Tal como nos outros países, os efeitos negativos têm sido em quantidade e em gravidade tais que não é possível escamoteá-los.

    Portugal, por enquanto, tem estado a salvo desta vaga de imigração por ser um país sem subsídios atrativos. Isso explica a quase unânime boa imprensa que os refugiados têm no nosso país. Houvesse mais refugiados a quererem vir para Portugal, e instalassem-se eles perto dos cronistas e jornalistas da nossa imprensa, as coisas seriam muito diferentes…

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