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Participação de Casimiro na Groundforce “não está à venda” (mas acionista admite ouvir propostas)

António Cotrim / Lusa

Trabalhadores da Groundforce concentrados junto ao Ministério das Infraestruturas, em Lisboa.

Grandes players do setor da aviação já manifestaram interesse numa aquisição, mas Alfredo Casimiro garante que não participou de qualquer negociação. 

Depois de ter avançado, na segunda-feira, que o Governo tinha recebido manifestações de interesse para a compra da maioria do capital da Groundforce, o ECO escreve hoje que a participação detida por Alfredo Casimiro não está, neste momento, à venda. Ainda assim, o empresário admite ouvir propostas.

De acordo com o diário económico, o acionista privado e presidente do conselho de administração da empresa de handling garante não estar a participar em quaisquer negociações.

“Alfredo Casimiro não está vendedor da sua participação na Groundforce e continua empenhado em contribuir para uma solução de médio ou longo prazo que garanta a viabilidade da empresa e a preservação dos postos de trabalho”, afirmou fonte oficial do empresário ao matutino.

“Tal não significa que não esteja disponível para ouvir propostas, sejam elas de venda ou de parceria estratégica futura”, acrescentou.

Pelo menos três empresas manifestaram interesse numa eventual aquisição caso o negócio chegue ao mercado, entre elas grandes players internacionais da aviação que contactaram o Governo para manifestar interesse em comprar os 50,1% da Groundforce atualmente detidos pela Pasogal.

O Expresso apurou que um dos interessados é a Aviapartner, uma empresa de handling belga com presença em Espanha, França, Alemanha, Itália e Holanda, e que em 2011 fez um acordo com o Governo português para entrar na Groundforce. O negócio acabou por não avançar.

Outro potencial interessado é Paulo Neto Leite, atual presidente da comissão executiva da Groundforce, que entrou na companhia em 2017.

O Jornal i avança que Alfredo Casimiro está “surpreendido” com a investida de Paulo Neto Leite e considera-a “uma traição”.

Recorde-se que Neto Leite entrou na companhia em 2017 pela mão de Casimiro, de quem foi próximo até abril/maio de 2020, quando ambos se desentenderam por causa do pagamento de dividendos de 2019.

Liliana Malainho, ZAP //

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