O parlamento grego aprovou, esta madrugada, o acordo alcançando na segunda-feira com os líderes da zona euro para permitir o terceiro resgate financeiro do país, que poderá chegar aos 86 mil milhões de euros.
O partido no poder, o Syriza, aprovou o acordo graças ao apoio das forças políticas de oposição pró-europeias.
Segundo a televisão estatal da Grécia, 229 deputados votaram a favor do acordo, seis abstiveram-se e 64 manifestaram-se contra, nomeadamente o ex-ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, e a presidente do parlamento grego, Zoi Konstantopoulou.
Também o ministro da Energia, Panagiotis Lafazanis, votou contra.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou que tinha três opções nas negociações com os parceiros europeus, aceitar o acordo atual, uma bancarrota no país ou sair da zona euro.
Esta terça-feira, Alexis Tsipras assumiu publicamente que não acredita no acordo que assinou com os credores, mas garantiu que não tinha outra alternativa a apresentar ao povo grego.
“As opções específicas que tinha à minha frente eram: em primeiro lugar, aceitar um acordo com o qual eu discordo, em segundo, a falência desordenada, e tínhamos ainda uma terceira opção, o ‘grexit’ (saída grega da euro) defendida por Schäuble”, disse Tsipras no parlamento grego.
O primeiro-ministro salientou que será o “último” a fugir às suas “responsabilidades” e também “o último a facilitar a queda de um governo de esquerda”.
Face às demissões de alguns membros do governo nos últimos dias e às discordâncias manifestadas acerca do acordo por alguns dos membros do Syriza no governo, é de esperar que Tsipras promova uma remodelação nos próximos dias.
ZAP / Lusa