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Para metade do mundo, 2014 será “melhor”

SXC

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Quase metade do mundo acredita que 2014 será melhor do que o ano que termina, pelo que indica uma pesquisa que ouviu mais de 60 mil pessoas em 65 países.

Desde 1977, a sondagem de fim de ano da Win/Gallup pergunta a pessoas à volta do mundo se estão mais optimistas em relação ao ano que chega.

Este ano, a Win/Gallup ouviu 67.806 pessoas em todo o mundo, pessoalmente e por telefone, entre setembro e dezembro de 2013. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Desde 1977, a sondagem verificou uma tendência de subida do optimismo dos entrevistados, com algumas variações, com o “pico” de optimismo a ser observado em 2004-5.

A sondagem também sugere que o optimismo em relação a 2014 não está necessariamente associado à prosperidade económica: em todo o mundo, 32% acham que haverá mais prosperidade do que em 2013, enquanto 30% pensam que haverá diminuição, de acordo com Win/Gallup.

 

O mundo está a ficar melhor?
Para si, o próximo ano será melhor, pior ou igual a 2013?

Gráfico WIN/Gallup

Este ano, a consulta revelou que 48% dos entrevistados acham que 2014 será melhor do que 2013; 28% acham que será igual, 20% acham que será pior e 5% não sabem ou preferiram não responder.

O número de pessoas com uma visão optimista para o ano que começa foi este ano o mais alto desde 1990, o último ano em que mais pessoas previram um ano novo pior.

Em Portugal, 57% dos entrevistados acham que 2014 será pior do que 2013. Apenas 15% estão optimistas acerca do próximo ano. 26% dos portugueses acham que 2014 será tão bom (ou mau) como 2013.

 

Grau de felicidade
Em geral, sente-se pessoalmente feliz ou infeliz com a sua vida?

A pesquisa Win/Gallup também verificou a percepção de felicidade dos entrevistados, e constatou que 60% destes se sentem “felizes”, contra 12% que se dizem “infelizes”.

Os mais felizes do Mundo são os habitantes das ilhas Fiji, onde 88% se declaram em tal condição.

A população também se mostrou bastante “feliz” em países como Colômbia (86%), Arábia Saudita (80%), Finlândia (78%) e Argentina (78%).

Os números mais altos de “infelizes” estão na Tunísia (48%), Territórios Palestinos (43%), Líbano (38%) e França (33%).

Em Portugal, apenas 32% da população se sente “feliz”, mas ainda assim são menos os que se sentem infelizes: 21%. A maioria, 46%, não está nem feliz nem infeliz.

 

Os países onde as pessoas gostariam de viver
Se não houvesse barreiras, em que país gostaria de viver?

Gráfico WIN/Gallup

Embora a maior parte dos inquiridos eleja o próprio país como local preferido para viver, quando questionados em que sítio gostariam de morar caso pudessem viver noutro país, 9% dos entrevistados escolheram os Estados Unidos, seguidos por 7% que gostariam de viver na Austrália.

A Austrália é mesmo o país preferido pelos portugueses, com 13% das escolhas, seguida da Suíça, com 10%.

 

Que país representa a maior ameaça?
Que país representa actualmente a maior ameaça à paz no mundo?

O vice-presidente do Win/Gallup International, Ijaz Gilani, diz que o declínio global no papel do Estado tem aumentado a "sensação de poder" do cidadão comum, o que explicaria o otimismo.  A enquete também sugere que o otimismo em relação a 2014 não está necessariamente associado a prosperidade econômica: em todo o mundo, 32% acham que haverá mais prosperidade do que em 2013, enquanto 30% pensam que haverá redução, de acordo com Win/Gallup.  No caso do Brasil, 49% acreditam em aumento da prosperidade em 2014, contra 21% que acreditam em piora do quadro econômico.  Embora a maior parte dos consultados eleja o próprio país como morada preferencial, quando questionados em que lugar gostariam de morar caso pudessem viver em outro país, 9% dos entrevistados elegeram os Estados Unidos (o país isoladamente com a maior preferência), seguidos por 7% que gostariam de ir para a Austrália.  O Brasil foi o escolhido de apenas 1% do total dos entrevistados; por outro lado, foi escolhido por 6% dos entrevistados argentinos, 10% dos libaneses e 13% dos mexicanos.  Que país representa a maior ameaça?  Que país representa a maior ameaça à paz no mundo atualmente?

Se o sonho americano fascina muita gente pelo mundo fora, por outro lado os Estados Unidos aparecem como a principal ameaça à paz internacional, com 24% das escolhas dos entrevistados.

Mesmo em países vizinhos, como o México (37%) e Canadá (17%) – e os próprios americanos (13%) – os inquiridos partiham dessa mesma visão.

O Paquistão está em segundo lugar nas “ameaças globais”, o que pode ter uma explicação regional – 15% da população mundial vive no seu vizinho e arqui-rival, a Índia.

 

Líderes mulheres fariam diferença?
Se os políticos fossem predominantemente mulheres, o mundo seria melhor?

Gráfico WIN/Gallup

A sondagem também perguntou se o mundo estaria melhor se mais políticos fossem do sexo feminino.

Quase 50% dos entrevistados disseram que não faria diferença. Na maioria dos países de maioria muçulmana, é alto o cepticismo quanto à possibilidade de as mulheres fazerem um trabalho melhor.

Japão, Quénia e Tailândia, que actualmente têm uma mulher como primeiro-ministro, também são bastiões da dúvida. Mas a Colômbia lidera uma série de países da América do Sul que pensam que as mulheres podem fazer do mundo um lugar melhor.

No Brasil, presidida por Dilma Rousseff, 41% acham que as mulheres fazem diferença na política, contra 45% que dizem não haver diferença. E apenas 9% dizem que é pior com elas no poder. Na vizinha Argentina, presidida por Cristina Kirchener, as percentagens são, respectivamente, 21%, 63% e 7%.

Na Colômbia, as mulheres estão em alta: 63% acreditam que, com as senhoras no poder, o mundo seria melhor.

41% dos portugueses acha que o mundo seria melhor se fosse liderado por mulheres, contra 5% que pensa o contrário.

ZAP / BBC

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