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O pão deverá ficar mais caro em 2021

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No próximo ano, o preço do pão deverá refletir o aumento do custo da matéria-prima e a subida do salário mínimo. Ainda assim, cabe a cada empresa tomar essa decisão.

Numa resposta à agência Lusa, a Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP) referiu que, tendo em conta a situação económica e financeira, “na medida que se fala no aumento do salário mínimo nacional para 2021 e no aumento gradual do preço das matérias-primas, podemos perspetivar que isso será refletido no preço do pão“.

A associação ressalvou, contudo, que cabe a cada empresa tomar esta decisão, uma vez que “o preço e o peso do pão são livres”.

A pandemia obrigou as empresas a reinventarem-se, otimizando os processos para terem produções mais eficientes e com menos desperdício. Além disso, a ACIP considera que a covid-19 foi uma prova de fogo e que o setor conseguiu demonstrar resiliência, apresentando “baixas taxas de despedimento e de recurso ao lay-off“.

Ainda assim, a associação ressalvou que a crise económica vai levar à “queda de receitas e rentabilidade”, ao agravamento da concorrência, e a uma maior “sensibilidade dos clientes aos preços e uma forte queda na procura” por parte da hotelaria.

Com o Natal à porta, a ACIP espera uma quebra da faturação em linha com o que se tem vindo a verificar nos últimos meses. Para tentarem manter-se à tona, as padarias e pastelarias começaram a diversificar oferta, apresentando “bolos e sobremesas de tamanho mais reduzido” para ceias com menos pessoas.

O salário mínimo nacional vai ter um aumento de 30 euros em janeiro de 2021, passando dos atuais 635 euros para 665 euros. Segundo Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, há 742.000 trabalhadores que auferem o salário mínimo em Portugal.

ZAP // Lusa

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