Pandemia põe em risco mais de 40% dos empregos no Algarve

JavierGValdivia / Flickr

Praia da Ponta da Piedade

Além do Algarve, outros destinos turísticos europeus, como ilhas do sul da Grécia, Canárias e Baleares, estão também em risco.

As regiões onde o turismo tem mais peso enfrentam um risco maior de destruição de emprego, alerta a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) estimando que, no Algarve, podem ser perdidos mais de 40% dos empregos.

A OCDE calcula que o emprego poderá cair, em média, entre 4,09% e 4,98% em 2020 nos países que fazem parte da organização, devido à pandemia, sendo que o impacto desta crise difere de país para país e até de região para região.

No relatório sobre as “Perspetivas de emprego”, divulgado esta terça-feira, a organização refere que “os países e regiões onde a pandemia teve maior expressão registaram perdas económicas mais significativas”, assinalando ainda que o impacto económico na várias regiões “vai variar de acordo com a sua especialização setorial”, afetando de forma mais significativa os setores mais expostos a medidas de confinamento ou à sazonalidade.

Neste contexto, a organização aponta para diferenças regionais ao nível do risco de destruição de postos de trabalho, sendo que o Algarve surge entre as regiões mais afetadas.

“Alguns dos maiores destinos turísticos na Europa, como Creta, ilhas do sul da Grécia, as ilhas Canárias e as Baleares (Espanha), assim como o Algarve (Portugal) podem perder 40% ou mais dos empregos”, refere o relatório.
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Os dados divulgados esta terça-feira pela OCDE estimam que a taxa de desemprego nos países que integram a organização possa atingir os 9,4% em 2020, um nível superior ao verificado na crise financeira de 2008, podendo agravar-se com novos surtos.

Vários indicadores apontam para um cenário de agravamento ao nível do emprego e do desemprego, com a OCDE a apontar uma quebra de 35% no número de ofertas de emprego online entre 1 de fevereiro e 1 de maio e para uma diminuição das horas trabalhadas nos primeiros meses desta crise a superar 10 vezes a queda registada nos momentos iniciais da crise anterior.

ZAP // Lusa

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