André Silva fala em sucessivos adiamentos do agendamento da audição ao hacker, pedida pelo PAN, o que leva o deputado a referir “manobras e expedientes dilatórios”.
Como recorda o Público, o PAN foi o único partido a incluir o nome de Rui Pinto para as audições, entre dezenas de nomes que propôs, tendo depois prescindido da larga maioria e optando por manter apenas quatro.
No entanto, do bloco de audições inicial, o hacker foi sendo mudado para outras listas de nomes a ouvir, e hoje André Silva não sabe se e quando a comissão poderá questioná-lo, essencialmente sobre as revelações do Luanda Leaks no âmbito do BES Angola.
Num email a que o Público teve acesso enviado a Fernando Negrão, o deputado do PAN lembra que na passada semana ficara acordado que seriam agora ouvidas as entidades propostas pela centrista Cecília Meireles no âmbito da auditoria do Tribunal de Contas, seguindo-se-lhes Rui Pinto antes das 23 entidades que compõem os blocos 4 e 5.
Contudo, numa reunião a que o PAN faltou, a mesa da comissão mudou o planeamento e Rui Pinto “continua, uma vez mais, remetido para a secção ‘pendentes’”, depois das 23 entidades.
Isto mesmo depois de André Silva ter facultado, aos serviços da comissão, todos os contactos do advogado de Rui Pinto, Francisco Teixeira da Mota, que, afinal, nunca foi contactado pelos serviços, refere o deputado, acrescentando não ter recebido qualquer justificação para as trocas de agendamento e para a falta de contacto.
Porém, André Silva deixa um aviso na missiva a Fernando Negrão: “Reitera-se que não prescindimos de ouvir Rui Pinto e reitera-se, muito respeitosamente e muito veementemente, o pedido para que seja ouvido com a máxima urgência e em conformidade com o acordado na última reunião”.
O sr. Fernando Negrão é tão bom quanto os demais colegas do Parlamento, se puder não fazer nada, não faz!