Países liderados por mulheres são os que melhor combatem a pandemia

Stephanie Lecocq / EPA

Xavier Bettel, Sophie Wilmes, Ursula von der Leyen, Emmanuel Macron, Angela Merkel e Sanna Marin em Cimeira da UE na Bélgica

Países liderados por mulheres são os que melhor combatem a pandemia, conclui um novo estudo. Estes países registaram metade das mortes em média quando comparado com as nações lideradas por homens.

Um estudo do Centro de Pesquisa de Política Económica e do Fórum Económico Mundial revela que países liderados por mulheres apresentam resultados “sistematicamente e significativamente melhores” quando analisado o impacto da covid-19 na população.

A celeridade de ação face à pandemia do novo coronavírus fez com que estes países sofressem metade das mortes em média comparativamente com as nações lideradas por homens, escreve o Jornal Económico, que cita o estudo.

Os principais casos de sucesso são a Alemanha, de Angela Merkel, com 227 mil casos confirmados e 9 mil mortes; a Nova Zelândia, de Jacinda Ardern, com 1,6 mil casos e 22 óbitos; a Dinamarca, de Mette Frederiksen, com 15 mil casos e 5 mil mortes; a Finlândia, de Sanna Marin, com 7 mil casos e 334 óbitos; e o Taiwan, de Tsai Ing-wen, que regista 486 casos confirmados e apenas sete mortes.

“Os nossos resultados indicam claramente que as mulheres líderes reagiram mais rápida e decisivamente face a potenciais fatalidades”, disse Supriya Garikipati, coautora do estudo.

“Em quase todos os casos, elas travaram mais cedo do que eles, mesmo estando em circunstâncias semelhantes. Embora isso possa ter implicações económicas a longo prazo, certamente ajudou a salvar vidas, conforme evidenciado pelo número significativamente menor de mortes nesses países”, acrescentou a investigadora.

A análise teve por base vários fatores como o PIB, a população total, a densidade populacional, a proporção de residentes idosos, as despesas anuais em saúde per capita, a abertura para viagens internacionais e o nível de igualdade de género na sociedade em geral.

Garikipati considera que “ser liderado por mulheres deu aos países uma vantagem na crise atual”.