A nova técnica consiste em desligar os motores de bicicletas elétricas ao entrar em áreas residenciais. O objetivo é reduzir as mortes nas estradas que são causadas por veículos que têm cada vez mais potência.
A tecnologia digital, que foi testada com sucesso em 4 km de ciclovias no aeroporto de Schiphol, foi financiada pelo Ministério de Infraestruturas.
O Townmaking Institute é a associação sem fins lucrativos que está por trás do conceito, e já começou a trabalhar em conjunto com fabricantes de bicicletas elétricas e com as autoridades governamentais. Espera-se que a tecnologia de redução de velocidade possa ser implementada até 2022.
Cerca de 65 pessoas morreram no ano passado enquanto andavam de e-bikes. Estas bicicletas têm um motor elétrico integrado para impulsionar as rodas, o que permite maior velocidade. A e-bike atinge velocidades de 20km por hora, mas nos modelos mais avançados esta pode ser superior.
O uso da tecnologia já está a ser discutido para Amesterdão, onde há um elevado tráfego e bicicletas. Mas também as cidades de Gelderland e Holanda do Norte mostraram interesse no projeto.
Indranil Bhattacharya, da Townmaking Institute, disse ao The Guardian que esta é uma forma de proteger as pessoas num contexto coletivo, pois “ao reduzir a velocidade, estamos a tornar as cidades mais seguras para todos”.
A tecnologia pode também informar a e-bike sobre os próximos obstáculos que esta vai encontrar, alertando os ciclistas com uma suave vibração.
Bhattacharya explica que usar esta nova técnica é fácil. “É como ligar o telemóvel. Assim que tiver o software instalado e ligado à bicicleta, este estará sempre alerta e assim enviará um aviso em caso de perigo”.
O Ministério das Infraestrutura forneceu cerca de 1,3 milhões de euros para financiar o projeto, uma quantia igualada por Schiphol, que quer incentivar os seus funcionários a ir de bicicleta para o trabalho.