“Quero mesmo ir para lá porque é provavelmente o sítio mais fechado onde se tem a oportunidade de fazer isto”.
Se, a partir do início de 2020, os chineses passaram a ser olhados de lado noutros países por causa da COVID-19, passou a acontecer uma situação semelhante com os russos, cerca de dois anos depois.
Mesmo que inconscientemente, os habitantes locais começaram a afastar-se de qualquer pessoa que viesse da Rússia, por causa da guerra na Ucrânia.
Mesmo a nível oficial, diversos Governos proibiram a entrada de turistas russos desde Fevereiro de 2022.
Na Coreia do Norte isso não acontece.
Num país que até é historicamente fechado para o mundo, os turistas russos vão ser recebidos de “braços abertos”, como descreve o canal Euronews.
E um país que se isolou ainda mais ao longo dos últimos quatro anos, por causa da pandemia.
Mas em breve vai chegar à Coreia do Norte o primeiro grupo de turistas autorizado a entrar no país desde os primeiros casos de coronavírus.
E sim, serão russos. Não chineses.
Agora, com portas fechadas em diversos países e com a curiosidade de conhecer um país tão fechado, aparecem interessados russos – que também querem ver a capital Pyongyang, ou esquiar e praticar snowboard.
“Quero muito ir para a Coreia do Norte porque é provavelmente o sítio mais fechado onde se tem a oportunidade de fazer isto”, comentou a turista Galina Polevshchikova.
Galina é uma das turistas que faz parte desta “delegação turística de teste”, que poderá abrir caminho a outros grupos de turistas russos.
Cada turista vai pagar cerca de 700 euros por esta visita.
Sergey Lavrov já tinha dito que, se escolhesse um destino de férias para russos, seria a Coreia do Norte.
Os dois países terão reforçado a colaboração nestes últimos dois anos, com a presença de mísseis norte-coreanos na guerra com a Ucrânia. Em troca os coreanos estarão a receber essencialmente tecnologias de armamento russas de alta tecnologia.
