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Classe média alta é a que mais beneficia com o “novo IRS”

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António Pedro Santos / LUSA

A classe média alta vai ser a principal beneficiada das novas taxas de IRS.

As novas taxas de IRS aprovadas, esta sexta-feira, pelo Conselho de Ministros vão traduzir-se num alívio mensal que varia entre 1,25 euros para um salário de 950 euros e os 46 euros para quem recebe 7.500 euros.

Segundo a apresentação do Governo, a redução agregada será superior a 3 pontos percentuais (p.p.) nos 2.º e 3.º escalões, de 3 p.p. entre o 4.º e 6.º escalões e de 0,5 e 0,25 p.p. no 7.º e 8.º escalões.

Estes valores constam de um conjunto de simulações da consultora Ilya e refletem a redução de taxas que o Governo aprovou, por comparação com as taxas que vigoram desde janeiro.

Segundo as simulações (que consideram solteiros ou casais, ambos sem dependentes), um salário de 950 euros vai ter uma redução de IRS, por via das medidas hoje aprovadas, de 1,25 euros por mês (ou de 17,48 euros por ano) face ao modelo que entrou em vigor com o Orçamento do Estado de 2024.

Já quem tem um salário de 1.000 ou de 1.500 euros, a redução mensal do IRS será de 1,87 e 4,66 euros, respetivamente (26,18 e 65,22 euros por ano, na mesma ordem) por comparação com as taxas de IRS atualmente em vigor.

Esta poupança mensal sobe para 7,62 euros num salário bruto de 2.000 euros (106,66 euros anuais) e avança para os 17,40 euros por mês (ou 243,54 euros por ano) num salário de 2.500 euros, que já entra no patamar do 6.º escalão de rendimentos – cuja taxa marginal é também reduzida pela proposta do Governo, no caso em três pontos percentuais.

As simulações da Ilya mostram ainda que para salários a partir dos 7.500 euros e até aos 15.000 euros brutos, por exemplo, a redução será igual, ou seja, de 46 euros por mês e de 644 euros por ano, por comparação com as taxas já em vigor.

Como o IRS é progressivo, todos os escalões de rendimento beneficiam da redução de taxas nos patamares inferiores, sendo este impacto maior quando, além deste efeito, ocorre igualmente uma descida da respetiva taxa marginal.

Posto isto, quem beneficiará mais vai ser a classe média alta.

Como expõe o Diário de Notícias, em gráficos, a diferença mais significativa, em relação ao que está já em vigor este ano, dá-se nos 6º, 7º e 8º escalões, que não tinham sido alvo de redução de taxa nas mexidas feitas pelo anterior governo.

Em janeiro, Fernando Medina reduziu as taxas que incidem sobre os primeiros cinco escalões do IRS, entre 1,25 e 3,5 p.p..

ZAP // Lusa

7 Comments

  1. Quando será que deixamos de ser um país miserabilista e invejoso e passamos a ser um país próspero e ambicioso?Sempre a pensar nos coitadinhos e a querer acabar com os ricos em vez de criarmos condições para acabar com os pobres, é triste.

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  2. Sr. 1ºministro Dr. Luis Montenegro explique pf melhor esta sua medida fiscal ? Porque eu ouvi-o dizer que ía baixar os impostos a todos os portugueses mas, assim … ? O que é que de facto está a oferecer que o PS não tivesse contemplado ?

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  3. Em vez de estarem a ver quando é que se paga a MENOS vejam quanto PAGA cada um dos escalões. Se calhar o que os escalões mais baixos vão reter a menos é mais baixo porque quase já nao pagam nada. Só anormais ficam felizes em pagar impostos e só a inveja motiva as críticas quando temos pessoas a pagar mais de 35%/40% de taxas efectivas. Nivelar por baixo é o que a esquerda quer, não há motvação nenhuma para estudar e ter cargos melhores, o lixo esquerdalho vem logo rasgar as vestes para o confisco.

  4. Quem ganha 900 só desconta 1€ e tal, para se notar a diferença, entre a redução dos outros salários que ganham mais, que também são mais reduzidos! Isto faz-me lembrar os meus filhos quando eram crianças, que o mais pequeno dizia para o outro: eu como metade do chocolate e tu comes ‘uma metadinha’! Então 1€ e tal, é só ‘uma metadinha’ de redução, dos outros que recebem o dobro ou o triplo! será que uns têm que comer menos, por causa daqueles que só têm vontade de comer mais?

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