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Os Beatles, o grupo mais cruel do EI, levantam disputa diplomática entre duas potências

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c.v. Youtube

Imagem do vídeo do EI publicado no Youtube

Depois da captura em janeiro dos dois últimos Beatles vivos, Washington e Londres disputam como serão julgados e para onde serão transferidos depois do julgamento.

O Reino Unido encontra-se em disputa diplomática com os EUA pelo destino de dois londrinos, alegadamente membros do Estado Islâmico. Por um lado, o secretário de Defesa britânico, Gavin Williamson, opõe-se a que os terroristas regressem ao seu país para enfrentar um juiz, enquanto que James Mattis, secretário de Defesa dos EUA, aprova a ideia de que os terroristas sejam enviados para o país de origem.

Mattis descartou enviar Alexander Kotey, de 34 anos, e El Shafee Elsheikh, de 29, para o campo de detenção de Guantánamo. Ambos pertencem aos Beatles, considerado o grupo mais cruel do Estado Islâmico, e foram capturados na Síria em janeiro quando tentavam escapar para a Turquia e misturar-se com refugiados civis, segundo a RT.

Williamson argumenta que a ambos os jihadistas foi retirada a cidadania britânica depois de se unirem à organização terrorista. “O dia em que estes terroristas bárbaros viraram as costas a este país em busca de uma agenda malvada de massacres e derramamento de sangue, perderam o direito a regressar“, assegurou o secretário britânico, que considera que devem pagar pelos seus crimes na Síria, segundo a revista Times.

No entanto, na síria não existe um sistema judicial capaz de os julgar. Londres defende um julgamento num Tribunal Penal Internacional da Haya, mas Washington não reconhece a jurisdição desse organismo. Por esse motivo, Williamson e Mattis reuniram-se na passada quarta-feira em Roma com um gabinete de ministros liderada pelos EUA para discutir, entre outras questões, o que fazer com o grande número de estrangeiros retidos pelas forças curdas na Síria por suspeitas de pertencerem ao Estado Islâmico.

Kotey e Elsheikh são os únicos membros vivos dos Beatles. Inicialmente, o grupo era composto por quatro britânicos, três deles apelidados de John, Paul e Ringo, devido ao seu sotaque inglês e tornaram-se famosos depois de publicarem vídeos nos quais matavam reféns. O grupo é acusado de estar envolvido na decapitação de mais de 27 reféns, entre eles o jornalista norte-americano James Foley e os britânicos David Haines e Alan Henning.

O seu líder era o famoso jihadista John, Mohammed Emwazi, que apareceu pela primeira vez num vídeo do Estado Islâmico em agosto de 2015, quando decapitou James Foley. O jihadista faleceu durante um ataque aéreo na Síria.

ZAP //

4 Comments

  1. Mas se a estes 2 nao permitido regressar ao seu pais por terem cometido crimes contra civis, entao porque é que os avioes e bombardeamentos feitos pela inglaterre, que afinal de contas fazem o mesmo que estes 2, é permitido regressar?

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