O Orçamento do Estado para 2019, o último da legislatura, foi hoje aprovado, na generalidade, com os votos do PS, BE, PCP, PEV e PAN. Os grupos parlamentares da direita, PSD e CDS, votaram contra, após dois dias de debate na Assembleia da República, em Lisboa.
Foram igualmente aprovadas as Grandes Opções do Plano para 2019. Após a aprovação na generalidade, segue-se agora o debate e votação na especialidade, período que se prolonga até 29 de novembro, com votação final global.
No momento da votação, apenas a bancada socialista bateu palmas de pé, enquanto BE, PCP, PEV e PAN preferiram não o fazer. Todos os partidos, incluindo os da oposição, anunciaram que vão apresentar propostas de alteração ao documento do Governo.
O debate ficou marcado pelo anúncio do ministro das Finanças, na segunda-feira, de uma alteração do adicional ao Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP), que vai baixar o preço da gasolina em três cêntimos, ficando assim o custo deste combustível dentro da média europeia, nada se alterando quanto ao gasóleo.
Mário Centeno adiantou que a descida do ISP será feita por portaria, razão pela qual esta medida não consta da proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano.
Esta é o quarto Orçamento do Estado aprovada na generalidade na atual legislatura com uma solução inédita de Governo minoritário do PS, com o apoio dos partidos à sua esquerda, através de posições conjuntas assinadas com PCP, BE e PEV, em 2015.
O executivo chefiado por António Costa negociou o orçamento com cada um dos três partidos bilateralmente e também com o PAN.
Neste Orçamento do Estado, o Governo pretende atingir um défice de 0,2%, uma dívida na ordem dos 118,5% do Produto Interno Bruto (PIB), um crescimento de 2,2% e uma taxa de desemprego que ronde os 6%.
Costa critica “desnorte” da oposição
O primeiro-ministro acusou hoje o PSD e o CDS de terem revelado “desnorte” ao longo do debate do orçamento e rejeitou a ideia de que os socialistas estejam já a pensar nas próximas eleições legislativas.
“Este Orçamento visa melhorar a vida dos portugueses e as condições das empresas e que o país continue com um crescimento que lhe permita prosseguir em convergência com a União Europeia, conservando contas certas. Essa é a função do orçamento. Quanto às eleições, isso são os portugueses que decidem – e a seu tempo decidirão como, quem querem que governe, e como governe”, respondeu.
Perante os jornalistas, o primeiro-ministro recusou a acusação de que foi alvo na segunda-feira pela presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, segundo a qual “fugiu a dar a cara” na apresentação da proposta do Governo no início do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2019.
“Mas quem foge à apresentação de um Orçamento que, aliás, a própria oposição tem de reconhecer que é tão bom que até lhe chama eleitoralista? Essa é a grande nota política deste debate: O Governo apresentou um bom Orçamento e os partidos que viabilizaram este Governo defenderam este Orçamento e a sua melhoria”, reagiu.
Já o PSD e o CDS-PP, segundo António Costa, revelaram ao longo do debate “um autêntico desnorte relativamente ao que tinham a dizer sobre este Orçamento”.
“PSD e CDS-PP tanto criticaram este Orçamento por ser despesista, como o criticaram por não fazer despesa suficiente. Tanto criticaram este Orçamento por ter receita a mais, como não foram capazes de propor uma única medida para ter receita a menos”, sustentou o líder do executivo.
Para António Costa, o resultado do debate na generalidade do Orçamento mostrou, “infelizmente, uma oposição sem apresentar uma única alternativa credível, o que é pena, porque é sempre bom para o país que haja alternativas”.
“Há três anos demonstrámos que havia política alternativa à linha cega de cortes de salários e de pensões e de brutal aumento de impostos. Estamos agora perante um Orçamento de um Governo de bom-senso, de equilíbrio e que está apostado em continuar a melhorar a vida dos portugueses e as condições de atividade das empresas, com contas certas”, afirmou.
“Aqueles que temiam a vinda do diabo, ele não veio em 2016, em 2017, em 2018 e também não tem encontro marcado para 2019″, acrescentou ainda António Costa, numa crítica à oposição.
// Lusa
Que novidade a direita votar contra, afinal quando é que a direita colabora com quem quer que seja?
Não é bem assim; o Passos e Portas colaboram muito com a troika, a favor da delapidação de Portugal – infelizmente foi contra Portugal e os portugueses!…
Acho espantoso este discurso.
Alguém deixou Portugal de gatas. Gastou, meteu ao bolso e pôs-se a andar sem pagar.
Os que vieram atrás, que não tiveram culpa, pagaram a fatura e endireitaram as contas, com a ajuda de quem nos emprestou dinheiro.
Na óptica de uns mentecaptos, quem arrumou a casa e quem emprestou dinheiro para que tal acontecesse é que foi contra os portugueses!
É surreal até onde é possível chegar o delírio!
Primeiro, e mais importante de tudo – quem pagou (e continua a pagar!) a factura somos nós (os portugueses em geral)!!
Vender o país ao desbarato, ajudar a destruir empresas como os CTT, etc, cortar a torto e a direito (não onde era realmente necessário, mas onde foi mais fácil) é “arrumar a casa”?!
“emprestar” e aconselhar a vender tudo, sem mínima preocupação com bem estar das populações – para no fim ganharem milhões com juros, será que é ser a “favor dos portugueses”?!
Pois… só o será na cabeça de mentecaptos delirantes!…
Além de continuar a errar em todos os seus raciocínios, ainda comete erros novos.
Que me interessa a mim ter uma empresa cujo accionista é o Estado português, se essa empresa está sempre em greve, na mão de sindicatos, é mal gerida, dá prejuízo, não serve bem os portugueses e, acima de tudo, é um bordel para os boys e as girls do partido no poder?
Nessa do “é dos Portugueses” deixei de acreditar ainda antes de deixar de acreditar no Pai Natal.
Para mim, as verdadeiras empresas portuguesas são aquelas que servem bem os portugueses. Ponto.
Não gostou do dinheiro da Troika? Tivesse você arranjado o dinheiro que o povo português precisava e tivesse-o entregado ao Passos e ao Portas. Fê-lo? Já reparou que não houve ninguém a fazê-lo para além da Troika? Os delírios não pagam contas…
Até digo mais, em muitos aspetos seria muito bom ter a Troika por cá a governar continuamente. Foi por exemplo a Troika que impôs o corte na rendas excessivas à EDP, nós, os portugueses (ou os reles que os representam) até então tinham estado mais preocupados com outras coisas, nomeadamente a engendrar essas mesmas rendas excessivas.
Mais cego é aquele que não quer ver…
Oh Delírios, já estás a exagerar nos delírios!…
Todas as empresas privatizadas pelo Passos/Portas davam lucro e funcionavam melhor do que agora!!
Desafio-te a provar o contrário!
Então os CTT que funcionavam relativamente bem, davam sempre lucro nas mãos do Estado e foram privatizados, para o serviço passar a ser péssimo, muito mais caro e para se chegar ao cúmulo de no ano passado terem distribuído150% de dividendos, vendendo edifícios/património só para encher os bolsos dos acionistas?
E quando acabar?
O presidente ganha mais de 90 mil euros/mês e tem feito um “bom serviço” a destruir/alienar os CTT para manter os acionistas contentes – o cliente, os funcionários, as populações (principalmente do interior, onde fecham estações para vender tudo ao desbarato), que se lixem…
Os CTT serviam os portugueses, depois da privatização servem-se dos portugueses!!
E, quando já estiver tudo destruído (os acionistas só querem o bancoCTT e o património), lá vai o Estado ter que meter dinheiro para resgatar o serviço público de correio.
É o que está a ver no Reino Unido com a privatização (também desastrosa e escandalosa) do Royal Mail!
A EDP foi outro crime com a “oferta” aos chineses (que agora ficam com os lucros!), sendo vendida ao desbarato com a ajuda do Catroga que foi para lá ganhar 50mil€/mês como compensação pelo excelente serviço que prestou aos portugues, perdão, aos chineses…
O Mexia ganha mais de 7mil €/dia, a energia está cada vez mais cara, a EDP continua com as rendas manhosas, tem benefícios fiscais, o IVA foi aumentado para 23%, mas agora os lucros vão para os chineses – não há dúvida que foi um excelente serviço prestado ao país!!
Eu?!
Quem tudo fez para que a Troika viesse (o Sócrates e o Passos/Portas e companhia são duas faces da mesma moeda) é que tem que responder porque fizeram tanta questão de ter cá a troika, (quando havia outras opções, como aconteceu por exemplo em Espanha), mas o facto de muitos “amigos” terem ganho muito com isso, de o Gaspar ter ido para o FMI, o Constâncio para o BCE, a Maria Luis para a Arrow, o Catroga para a EDP, etc, etc, já é capaz de responder a algumas dúvidas…
uma vez mais, já são umas quantas, as sras e srs da esquerda e extrema esquerda serão responsáveis pelo que aí vem.
e que não será nada bom.
mas continuam a haver demasiados cegos, surdos e de inteligência duvidosa a aplaudir esta gente que já nos levou n vezes à bancarrota e se preparam para mais uma.