A empresa britânica Savannah continua a fazer prospecção de lítio em Portugal, e contratou uma auditoria externa para provar que está inocente no âmbito das suspeitas da “Operação Influencer”.
A investigação lançada pelo Ministério Público (MP) a 7 de Novembro de 2023 decorre em torno de suspeitas nos negócios do lítio e do hidrogénio, e de um centro de dados em Sines.
Mas a mineira britânica Savannah, responsável pelo projecto da mina de lítio do Barroso, em Boticas, continua a fazer furos à procura de lítio enquanto contratou uma auditoria externa para provar que não participou em qualquer tipo de esquema ilegal.
A sociedade de advogados Rui Pena, Arnaut e Associados é a responsável por esta “avaliação jurídica independente das actividades da empresa em Portugal entre 2017 e 2023″, conforme adianta o Jornal de Negócios.
O escritório de advogados já teve acesso a “informação privilegiada”, incluindo “contactos com entidades externas, transacções financeiras, banco de dados de email e outros registos”, e “as conclusões apontam para a ausência de irregularidades nos negócios do lítio”, sublinha o Negócios.
A auditoria concluiu que “não houve transacções financeiras irregulares nem ofertas e pagamentos indevidos, ou interacções com entidades nacionais no processo de Avaliação do Impacto Ambiental”, acrescenta o jornal.
“A Savannah não tem qualquer relacionamento com nenhum dos outros negócios ou projectos mencionados na ‘Operação Influencer’”, asseguraram os responsáveis da empresa numa apresentação a investidores em Londres, reforça ainda a publicação.
Mina do Barroso deve arrancar em 2025
“A situação legal da Savannah é forte”, salienta o CEO da empresa num comunicado, certo de que a investigação não vai afectar o negócio do lítio, embora afecte a imagem da empresa em termos de “validação externa”.
“A capacidade da Savannah em entregar o projecto da mina do Barroso e gerar lucros no futuro não será afectada pelas conclusões da investigação”, reforça a auditoria citada pelo Negócios.
Assim, o projecto da Savannah continua a todo o gás em Boticas, com a realização de furos e a compra de lotes a proprietários locais.
Entretanto, a empresa britânica continua a procurar “parceiros estratégicos” entre “um grupo de empresas que integram a cadeia de valor das baterias”, sublinha o jornal económico.
A mineira prevê começar o projecto da mina do Barroso em 2025, perspectivando que já em 2026, poderá começar a extrair lítio.
Os resultados da avaliação externa feita por este “independentíssimo” consórcio de advogados entra em colisão com a decisão do ministério público, segundo notícia datada de 8 de fevereiro! Outra coisa não seria de esperar! O que é que os interesses de umas aldeias escondidas, lá por trás de uns montes, têm a ver com a actividade de tão importante empresa e de tão notáveis advogados, como o dr. Arnaut que até tem o dom da ubiquidade?!!