ONU admite que funcionários seus podem ter estado envolvidos em ataque a Israel

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UNRWA / Facebook

Funcionária da UNRWA em ação de apoio a refugiados na Faixa de Gaza

Uma nova investigação da ONU admitiu que nove trabalhadores da sua agência da organização para os refugiados palestinianos (UNRWA) “podem ter estado envolvidos” nos ataques do Hamas, de 7 de outubro, contra Israel.

O Gabinete de Serviços de Supervisão Interna da ONU (OIOS) concluiu que em nove dos 19 casos investigados as provas disponíveis “indicam que os funcionários da UNRWA podem ter estado envolvidos nos ataques armados” dos islamitas palestinianos, segundo um porta-voz das Nações Unidas, Farhan Haq.

Em relação a uma pessoa, “o OIOS não obteve provas para fundamentar as acusações” e em nove outros casos, as provas “eram insuficientes para fundamentar o envolvimento dos funcionários”, segundo o porta-voz adjunto de António Guterres, Farhan Haq.

“No que diz respeito aos outros nove casos, as provas obtidas indicam que os funcionários da UNRWA podem ter estado envolvidos nos ataques armados de 7 de outubro”, acrescentou a mesma fonte, assegurando que essas pessoas serão despedidas da agência.

Haq acrescentou a necessidade de “avaliar que outros passos são necessários para corroborar e avaliar completamente” a informação, recordando ainda que as investigações dos serviços internos da ONU são confidenciais, escusando-se a dar mais pormenores sobre o conteúdo das provas.

No final de janeiro, as autoridades israelitas acusaram 12 funcionários da UNRWA de envolvimento no ataque de outubro, levando à suspensão de financiamento por parte de vários países. Posteriormente, foram acrescentados outros sete nomes à lista.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu imediatamente uma investigação ao OIOS. A UNRWA, que tem mais de 30 mil funcionários, abriu uma investigação e rescindiu os contratos com os suspeitos.

As suspeitas de envolvimento da UNRWA no ataque do Hamas surgiu poucos dias depois de Israel ter acusado a Organização Mundial de Saúde, OMS, de estar a ignorar o uso de hospitais para fins militares pela organização terrorista palestiniana.

O ataque do Hamas, no poder em Gaza desde 2007, contra Israel, a 7 de outubro causou a morte de mais de 1.200 pessoas e 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva em Gaza que causou, até à data, mais de 39.600 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde do governo de Gaza, liderado pelo Hamas.

ZAP // Lusa

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9 Comments

  1. Foram só preciso quantos meses para admitirem o que todos já sabiam? Ou são incompetentes ou pior…. Nunca pensei ver ONU a defender um grupo terrorista e irem contra uma Nação que sofreu um dos piores ataques aos seus cidadãos na história moderna.

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  2. Uma árvore (ou 19) não faz uma floresta. Entre tantos milhares de funcionários haver algumas ovelhas negras é normal e expectável, acontece em todo o lado. Não justifica a falta de respeito e a animosidade do governo de Bibi em relação à ONU, é só mais uma desculpa. É um pouco como Maduro em relação ao WhatsUp…

  3. Que admita ou não não interessa uma vez que há provas fotográficas e em video. O que é triste é a ONU demorar meses a falra sobre isto e sobre outras tantas coisas que aconteceram a 7 de Outubro. Mas sendo o Presidente da onu quem é, amigo de ditadores e terroristas, não surpreende. São pessoas como o António Guterres que tiram toda a credibilidade a organizações que nasceram para tornar o mundo um sitio melhor.

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  4. Portanto depois de todo o mundo já saber a verdade agora a noticia é que Admitem que podem ter estado envolvidos. Então assim também vou admitir que posso ter estado envolvido na leitura desta noticia.

  5. Estas a brincar???? A ONU não é a loja da tia ali da esquina, é uma instituição multinacional milionária!!! Estamos a brincar ou que? Se até o continente precisa de um certificado da psp que és de confiança porque é que numa instituição destas não existe verificação de informações sobre os sujeitos??? Entra tudo??

    Para mim a ONU está comprometida desde que este abelinha do Antonio foi para lá!!! Corruptos em bancos se poder dao sempre asneira.

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  6. As Nações Unidas já sabiam de trabalhadores de caridade que ofereciam comida aos refugiados em troca de favores sexuais há mais de uma década. Isto é só um dos casos dos trabalhos assombrados. Um relatório de 84 páginas sobre as práticas de “alimentação por sexo” nos campos de refugiados da África Ocidental foi compilado e entregue à ONU em 2002, mas nunca foi publicado. A mesma coisa aconteceu no Haiti depois da devastação pelo furacão Matthew, em 2016. Etc.
    É porque pessoas como os caros leitores aqui no seu sofá não vão para o teiceiro mundo, ajudar nos campos de refugiados. Muitas vezes vão lá vagabundos que querem aproveitar a vulnerabilidade dos outros e abusar o seu poder. Ou têm outras agendas.

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