Os programas de ajuda humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) para 2020 precisam de 29 mil milhões de dólares (cerca de 26 mil milhões euros) destinados, sobretudo, ao Iémen, Sudão do Sul, e aos refugiados e deslocados sírios e venezuelanos.
O subsecretário geral da ONU para os Assuntos Humanitários e Ajuda de Emergência, Mark Lowcock, apresentou esta quarta-feira em Genebra a lista de necessidades prioritárias no quadro do financiamento do próximo ano, ligeiramente inferior aos valores de 2018, e que abrangem apoios a 109 milhões de pessoas, noticiou a agência Lusa.
O maior pedido concentra-se na ajuda humanitária à Síria, estando a ONU a solicitar 3.300 milhões de dólares para o interior do país e 5.200 milhões de dólares destinados ao apoio aos refugiados que se encontram na Turquia, Líbano, Jordânia e Iraque.
“O conflito na Síria continua a provocar a maior crise de refugiados da atualidade, com 5,6 milhões de pessoas nos países que fazem fronteira com o território sírio, sendo que é preciso acrescentar seis milhões de deslocados internos, no interior do país”, esclareceu Mark Lowcock.
O Iémen, outro país em guerra, encontra-se nas prioridades dos programas humanitários das várias agências da ONU estando a ser pedidos 3.200 milhões de dólares para auxílio “à maior crise humanitária atual”, de acordo com o mesmo responsável. No país, 24 milhões de pessoas precisam de ajuda, o que representa 80% da população do país.
Para o Sudão do Sul são pedidos 2.500 milhões de dólares e para a República Democrática do Congo 2.400 milhões de dólares, estando estes dois países no topo de uma lista composta por quase 20 Estados do continente africano.
Para a Venezuela são necessários 750 milhões de dólares para auxílio a cidadãos que se encontram no interior do país e 1.350 milhões de dólares para os deslocados internos e refugiados que se encontram nos países vizinhos.