Pandemia deixou de ser emergência de saúde pública, mas isso não deve originar desleixo por parte dos Governos.
Na semana passada, mais de três anos depois, a COVID-19 deixou de ser emergência de saúde pública.
A decisão foi anunciada pela entidade competente, a Organização Mundial de Saúde (OMS), que no entanto sublinhou que a pandemia continua.
Por isso, é preciso continuar a estar vigilante, sobretudo relativamente a novas variantes.
David Nabarro, especialista da OMS na pandemia, avisou no Euronews que a COVID-19 continua a ser uma “ameaça à saúde” pública, tal como outras que existem. E que obriga a uma “observação muito cuidadosa”.
Por isso, a vacinação continua a ser recomendada: “A OMS está a pedir a todos os Governos que não se comportem como se a COVID-19 tivesse desaparecido, mas que lhe dêem o nível certo de atenção, mantendo o problema sob vigilância, certificando-se de que as pessoas são vacinadas e mantendo sob atenção quaisquer outras variantes que possam surgir”.
Já mais de 7 milhões de pessoas morreram por algo relacionado com esta pandemia.
Mas, desde 2022, o número de vítimas começou a baixar consideravelmente e os serviços de saúde passaram a estar menos sobrecarregados.
No entanto, o mundo deve estar preparado para novas pandemias. Aliás, em 2018, o director-geral da OMS disse: “Uma epidemia devastadora pode começar em qualquer país, a qualquer momento, e ceifar milhões de vidas porque não estamos preparados, porque continuamos vulneráveis”. Acertou.
Nova iniciativa
Há duas semanas, a OMS iniciou a iniciativa Preparação e Resiliência para Ameaças Emergentes, para planear de forma abrangente a resposta a qualquer agente patogénico respiratório, para cada país estar pronto e resistente a novas ameaças.
A proposta é que 80% dos países desenvolvam ou actualizem seus planos pandêmicos de patógenos respiratórios até 2031.
Esta nova abordagem foca-se nos meios de transmissão, não na doença. O método reconhece que os mesmos sistemas, capacidades, conhecimentos e ferramentas podem ser aproveitados e aplicados para grupos de patógenos, tendo por base o seu modo de transmissão.
A OMS acredita que a coordenação é fundamental: os países devem apostar em planos de preparação personalizados e em melhor coordenação com outros sectores, como a agricultura.
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Belos agentes comerciais.
Gostava de saber qual a comissão desta malta.