Sindicato denuncia que as propostas do governo para aumentar salários acabam, afinal, por reduzi-los.
O Governo propôs esta quarta-feira um aumento gradual da remuneração dos bombeiros sapadores de 15% a 20% até 2026, incluindo a criação de suplementos de risco e de função como resposta às reivindicações dos sindicatos destes profissionais.
A proposta foi apresentada numa reunião de negociação entre o Governo, representado pelo ministério que gere a pasta da Coesão Territorial, e os sindicatos dos bombeiros sapadores, de acordo com a agência Lusa.
Mas, de acordo com o Sindicato Nacional dos bombeiros Sapadores, esta proposta traduz, afinal, uma redução do salário base dos profissionais, de acordo com declarações dadas ao Público:
“Quando se apresenta uma proposta em que os salários são reduzidos… Isto é difícil de explicar aos bombeiros, sentem-se gozados. Já avisámos que os bombeiros são um barril de pólvora e o Governo está a tentar acendê-lo”, disse Ricardo Cunha, presidente do Sindicato.
Ricardo Cunha explicou ao Público o porquê da “revolta” e “ofensa” que os bombeiros sentem: de acordo com o líder sindical, o governo já inclui nessa “subida” de 15% do estatuto remuneratório para 2025 o aumento já previamente prometido 56,58 euros a todos os trabalhadores da função pública (somados já aos valores dos suplementos de risco e de função).
Ou seja, na prática, o aumento é nulo.
No dia 25 de novembro, o Sindicato vai apresentar uma contraproposta que será “muito pouco negociável”, diz o líder, e com algumas exigências, por exemplo, os suplementos têm de ser fixados em percentagem.
Na prática, conta Ricardo Cunha, “estamos a falar de aumentos entre os 3 e os 40 euros”, o que “deixou os bombeiros muito revoltados, consideraram-no uma falta de respeito”. Deixou, ainda, no ar, uma ameaça de protesto, caso não haja facilidade na negociação.
Recorde-se que, a 2 de outubro, mais de um milhar de bombeiros sapadores manifestaram-se pela valorização das carreiras e aumento de salários, tendo protestado à porta da Assembleia da República durante horas.
No dia 3 desse mês, Margarida Blasco, Ministra da Administração Interna, tinha já provocado “estupefação” entre os bombeiros sapadores ao afirmar que “dependem das autarquias” e “não do Estado”.
Tão caladinhos que estiveram durante 8 anos agora querem invadir o “capitolio”. Peçam dinheiro aos angolanos do assessor do costa. Cromos quem vos lideram não merece a farda
Se os elementos que fazem parte dos Bombeiros Sapadores não estão satisfeitos com o salário que os Portugueses lhes podem pagar devem mudar de profissão, cessem o vínculo laboral com o Estado e tentem a sorte no privado, procurem um trabalho que vos satisfaça mais a nível salarial, é isso que faz a maioria dos Portugueses quando considera que as condições oferecidas pelo empregador não corresponde aquilo que pretendem.
É preciso obrigar os elementos dos Bombeiros Sapadores desde o topo até à base da cadeira hierárquica a declarar se colaboraram/pertenceram ou colaboram/pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.), depois de identificados terão de sair, os sindicatos assim como toda e qualquer actividade sindical proibida, os despedimentos implementados na Função Pública e realizar testes psico-técnicos para saber se possuem perfil para a profissão.