/

Obras de cinco museus de Berlim vandalizadas no início do mês

Clemens Bilan / EPA

Sarcófagos egípcios, pinturas do século XIX e esculturas em pedra de três dos principais museus de Berlim foram atacados com uma substância líquida oleosa a 3 de outubro, dia em que se festejaram os 30 anos da reunificação alemã.

Várias obras de arte de inúmeros museus foram vandalizadas ao longo de um único dia, no início de outubro, no entanto, ainda não é conhecida a motivação dos autores, avançou esta quarta-feira a Polícia Judiciária de Berlim.

Um dos porta-vozes desta força de segurança disse à agência France-Presse (AFP), que a Polícia Judiciária berlinense está a investigar “depredações de obras de arte e artefactos” na “Ilha dos Museus”, um grupo de cinco instituições com coleções prestigiadas.

Os atos de vandalismo ocorreram a 3 de outubro, o dia da Reunificação da Alemanha.

Várias pessoas “derramaram uma substância oleosa [nas obras] em museus durante o horário de funcionamento”, explica a mesma fonte, acrescentando que ainda não é claro o modo “como o fizeram” sem serem detetados, uma vez que os atos de vandalismo ocorreram em várias instituições.

De acordo com uma investigação jornalística divulgada esta quarta-feira pelo semanário Die Zeit e transmitida pela rádio Deutschlandfunk, cerca de 70 objetos ficaram danificadas, incluindo sarcófagos egípcios, esculturas de pedra e pinturas que datam do século XIX. A substância derramada deixou marcas visíveis nas obras.

O Die Zeit classificou estes atos como “o ataque mais importante a obras de arte desde o final da última Guerra Mundial”.

A “Ilha dos Museus” de Berlim, localizada entre os braços do Spree, o rio no coração da capital alemã, hospeda o lendário busto de Nefertiti e o Grande Altar de Pérgamo, um antigo monumento religioso. Este local reúne cinco museus que exibem coleções de pinturas e esculturas que datam desde a antiguidade aos primórdios da arte moderna.

O complexo, um dos mais visitados por turistas, foi classificado como património mundial em 1990 pela UNESCO.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.