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Obama quer cortar incentivos fiscais aos mais ricos em 2015

Pete Souza / Whitehouse

Barack Obama

Barack Obama

O presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, apresentou hoje uma proposta de orçamento para 2015 em que aumenta os prémios ao emprego e elimina incentivos fiscais atribuídos aos contribuintes mais ricos.

A proposta de orçamento prevê centenas de milhares de milhões de dólares em novas despesas nos próximos dez anos, ao mesmo tempo que aumenta os impostos cobrados aos mais ricos, num documento que concretiza uma das bandeiras de Barack Obama – a redução das desigualdades nos Estados Unidos – mas que tem sido considerado como populista pelos republicanos.

“O nosso orçamento é uma questão de escolha. O nosso país tem de decidir se vai proteger as reduções de impostos para os norte-americanos mais ricos ou criar empregos, favorecer o crescimento e dar mais oportunidades a todos os norte-americanos”, afirmou Obama.

Luta de classes?

A proposta de orçamento hoje apresentada inclui um aumento significativo do prémio ao emprego, um cheque pago no início de cada ano às pessoas que trabalham mas cujos rendimentos não ultrapassam o equivalente ao salário mínimo por um emprego a tempo inteiro. Cerca de 13,5 milhões de pessoas são abrangidas pela medida e cerca de 500 mil vão passar a ficar acima do limiar da pobreza.

Estas novas despesas vão ser financiadas pela supressão de incentivos fiscais atribuídos aos contribuintes mais ricos, uma medida popular entre os democratas, mas considerada pela direita norte-americana como um regresso à guerra de classes.

De acordo com a proposta de lei orçamental, as deduções fiscais vão ser reduzidas, afetando 3% das famílias mais ricas, de acordo com as estimativas da Casa Branca.

Grandes investimentos

Como contrapartida a esta redução dos incentivos fiscais, o presidente norte-americano pretende lançar investimentos no montante de 56 mil milhões de dólares nos próximos dez anos: a indústria avançada, a investigação e a inovação e as infra-estruturas serão as áreas cruciais para impulsionar o crescimento dos Estados Unidos.

O governo federal prevê financiar, por exemplo, 45 novos institutos especializados em inovação industrial com o objetivo de aproximar as universidades às empresas.

Para os mais desfavorecidos, Obama quer aumentar a pré-escolarização das crianças até aos 4 anos, algo que ainda é muito caro nos EUA.

Ao todo, as despesas públicas ascendem a 3.901 mil milhões de dólares no exercício orçamental de 2015, que se inicia a 1 de outubro.

/Lusa

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