Três versões diferentes sobre uma tatuagem e uma mentira em relação ao seu salário levaram a juíza a decidir colocar Dani Alves em prisão preventiva.
O futebolista brasileiro Dani Alves ficou em prisão preventiva depois de uma juíza ter aceitado o pedido da procuradoria nesse sentido, no âmbito de um processo por alegada agressão sexual.
Depois de ouvir o futebolista, a magistrada decidiu que Dani Alves ficava em prisão preventiva pelos factos que terão ocorrido numa discoteca de Barcelona, no final do ano, explicou o tribunal, em comunicado.
Tudo terá acontecido na noite de 30 para 31 de dezembro, numa discoteca da cidade, mas já no dia 5 de janeiro Dani Alves disse à cadeia televisiva espanhola Antena 3 não ter agredido ninguém e que não conhece a queixosa.
“Gostaria, antes do mais, de desmentir isto. Estava lá, a passar uma noite boa com outras pessoas, mas sem invadir o espaço dos outros. Não sei quem é essa mulher, não a conheço”, disse na altura Dani Alves, de 39 anos.
Depois de três dias detido no estabelecimento prisional Brians 1, em Sant Esteve Sesrovires, em Barcelona, o futebolista foi transferido para Brians 2 por motivos de segurança. De acordo com o La Vanguardia, Dani Alves ficará num local que tem celas e duche individuais.
Mas, afinal, o que é que levou o internacional brasileiro a ficar em prisão preventiva, sem fiança? A vítima de 23 anos referiu que o jogador tinha uma tatuagem de uma meia-lua na zona do abdómen, que terá visto durante as relações sexuais não consentidas.
Quando Dani Alves foi interrogado, deu três versões diferentes da história. Primeiro, garantiu que esteve sempre vestido; depois, disse que poderá ter exposto a tatuagem ao levar-se; e, por fim, assumiu que teve relações sexuais consentidas.
O futebolista já tinha feito o mesmo em relação à vítima. Inicialmente, disse que nem sequer conhecia a jovem; depois, admitiu que talvez se tenha cruzado com ela na discoteca; por fim, admitiu que tiveram relações sexuais consentidas, mas que não a voltaria a ver depois dessa madrugada.
Segundo o El Periódico, as câmaras de segurança da discoteca mostram que o lateral esteve fechado numa casa de banho com a jovem durante cerca de 15 minutos.
Além disso, quando questionado sobre o seu salário no Pumas — o clube mexicano que representava até ter sido despedido — era de 30 mil euros por mês. No entanto, o contrato que estava nas mãos da juíza mencionava um total de 300 mil euros mensais.
Estes dois fatores justificaram a decisão de manter Dani Alves em prisão preventiva, dado ainda o seu elevado risco de fuga para o Brasil.
Amiga da vítima acusa-o de assédio
Esta terça-feira, o jornal La Vanguardia avança que a amiga da alegada vítima acusa também o jogador de assédio sexual. Dani Alves terá apalpado a jovem nas zonas intimas, sem qualquer tipo de consentimento da sua parte.
Tudo terá ocorrido na mesma discoteca de Barcelona, na noite de 30 para 31 de dezembro do ano passado.
A versão da amiga coincide com a da denunciante original, escreve o jornal Marca. “Percebi como ele tocou as minhas amigas e como ele estava próximo delas”, lê-se num comunicado do relatório inicial.
Advogado de Messi
O El Mundo avança ainda esta terça-feira que Dani Alves contratou um dos advogados mais reputados de Barcelona.
Cristóbal Martell já chegou mesmo a defender Lionel Messi e o seu pai no caso de fraude fiscal que ambos se viram envolvidos em Espanha.
O primeiro objetivo de Martell será garantir a liberdade do brasileiro. O advogado deverá apresentar um recurso nas próximas horas para solicitar a saída da prisão de Dani Alves em troca de outras medidas de coação.
O pagamento de uma fiança, a retirada do passaporte ou a proibição de sair de Espanha são alternativas possíveis.
Esse indivíduo disse uma vez que lamentava muito que o Brasil tivesse sido colonizado pelos Portugueses. É um verdadeiro xenófobo que ficava cheirando o rabo do ultra radical que roubava o Brasil até 31/12/2022. Merece apodrecer no xadrez.